Aos 37 anos, Carol Dartora (Ana Carolina Moura Melo Dartora), do Partido dos Trabalhadores, é a primeira mulher negra a se eleger vereadora pela cidade de Curitiba. Mesmo antes do final da apuração, ela soltou o grito e comemorou um feito histórico, a vitória dos vários grupos que representa. “Tô me sentindo muito feliz, imensamente grata por poder representar tantas pessoas, as mulheres, os negros, e encontrar tanta representatividade e eco dentro deste grupos”, disse à Tribuna.
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Historiadora formada pela Universidade Federal do Paraná, ela é, além de professora, representante de grupos feministas e do movimento negro. Foi professora da rede pública e atuou na APP sindicato. A votação de Carol ultrapassou os 8 mil votos.
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“A nossa proposta sempre foi um mandado coletivo, para que possam ter voz as pessoas que eu represento. Trazer debates que ficam relegados, que não têm a amplitude da voz quer precisavam”, explicou.
A conquista, segundo Carol, é uma vitória, ainda mais se considerado o perfil conservador de Curitiba. “É uma cidade conservadora, que nunca elegeu uma mulher negra. Temos um comportamento retrógado, provinciano, e o desejo de acabar com isso foi expresso nas urnas”, contou.
E, diferente do que dizem, a ascensão de Carol não é uma surpresa. “Importante dizer que minha militância não começou agora. O desconhecimento do meu trabalho mostra justamente o porque vencemos. Eu nasci em Curitiba, atuou há anos nos movimentos de mulheres e negros. A cidade me achar uma ‘surpresa’ é um sintoma das desigualdades que combatemos”.
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O bom resultado, segundo Carol, também é uma quebra de preconceito sobre o desempenho do PT nas campanhas em Curitiba. “Eu acredito que sim. A resposta foi bem objetiva. Nos organizamos, fizemos uma campanha significativa, e isso foi tudo superado. A política de Bolsonaro a nível federal, trazendo esse discurso excludente, fez as pessoas pensarem melhor e a população deu essa resposta nas urnas”.