Motoristas e cobradores aderiram ao Dia Nacional de Lutas e paralisaram parcialmente a circulação de ônibus na região central, no final da tarde de ontem. Eles pediram mais segurança nas estações-tubo, fim da dupla função e rigor nas investigações da CPI do Transporte Coletivo instalada na Câmara. O protesto atingiu principalmente as linhas que passam pela Praça Rui Barbosa.
A adesão da categoria ao movimento nacional foi decidida em assembleia na praça, por volta das 16h. Antes, liminar expedida pela Justiça do Trabalho determinou que pelo menos 50% da frota deveria ser mantida em operação.
A decisão foi em reposta à solicitação de medida cautelar da Urbs, que pedia a circulação de 80% dos veículos em horário de pico. “Nosso objetivo não é prejudicar o usuário. Nosso protesto vai se manter apenas na região da Rui Barbosa”, disse o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Anderson Teixeira.
Confusão
Muitos veículos ficaram parados nas ruas em torno da praça, o que complicou o trânsito. Outros ônibus desviavam a rota ou desembarcavam os passageiros e seguiam vazios para as garagens. Segundo o sindicato, apenas 20% dos ônibus pararam. Pouco antes das 19h, a circulação voltou ao normal.
Mesmo assim, houve confusão em algumas estações-tubo, quando usuários que já haviam pago a tarifa foram informados da paralisação. “Entendo a manifestação e não me importo em pegar o ônibus em outro lugar. Deveriam ter avisado antes ou devolver o dinheiro. Agora, fiquei no prejuízo”, lamentou o comerciante Edvaldo de Faria Correia, que esperava pelo biarticulado Santa Cândida/Pinheirinho.
| Marco Charneski |
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| Ônibus trancaram todas as saídas e entradas da Praça Rui Barbosa. |
Veja na galeria de fotos a manifestação.
