Os bancários de Curitiba e região vão entrar em greve a partir de terça-feira. O indicativo de greve por tempo indeterminado foi aprovado em assembleia pela categoria, na noite de ontem. O atendimento à população deve ser paralisado na maioria das agências bancárias da cidade.
O movimento grevista deve ser deflagrado em todo o País. Após três rodadas de negociações, os representantes dos bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não chegaram a acordo. Os patrões propõe reajuste salarial de 6%, o que representa aumento real de 0,58%. Os sindicatos querem reajuste de 10,25%, ou 5% de aumento real. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias, a decisão da categoria é definitiva. “O indicativo foi aprovado por ampla maioria e vai haver greve. A não ser que haja nova proposta patronal, mas não há nenhum sinal de que isso pode acontecer e não acreditamos nessa possibilidade”, afirma.
Reivindicações
Além do reajuste salarial, os bancários pedem novo piso salarial para a categoria, Plano de Cargos e Salários, maior participação nos lucros dos bancos e novas medidas de segurança. “O lucro exorbitante dos bancos, superior a R$ 50 bilhões no ano passado, permite que atendam as reivindicações dos trabalhadores”, justifica Otávio.
Nova assembleia está marcada para segunda-feira, para a deflagração da greve e planejamento das ações. A expectativa é que a partir de terça-feira, apenas os caixas automáticos fiquem abertos para o atendimento à população. “Nosso movimento não é contra a sociedade. É contra o sistema bancário, que precisa apresentar solução para esse impasse”, diz o presidente do sindicato.
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