As histórias em quadrinhos fizeram parte da infância de muita gente, não é verdade? E Curitiba tem uma ótima opção de lazer com gostinho de infância. É a Gibiteca de Curitiba – a primeira do Brasil e talvez a primeira do mundo -, que completou 35 anos este mês. Lá tem 32 mil exemplares, para serem lidos no local, além de trocas de gibis, cursos, eventos diversos e exposições.
Fúlvio Pacheco, coordenador da Gibiteca, explica que lá há quadrinhos de todos os tipos imagináveis, desde histórias de heróis, mangás, quadrinhos infantis (Mônica, Pato Donald, Almanaque Disney, etc) até quadrinhos com personagens curitibanos, que são a “cereja do bolo” da casa. “Temos uma produção local muito grande. Só no ano passado, foram 55 lançamentos de artistas locais aqui”, diz. Sem contar o acervo de gibis raros, que não é totalmente aberto ao público. A coordenação do centro cultural só abre a quem precisa fazer pesquisas específicas, para não desgastar o material, todo original.
Curitibanos
Falando em personagens locais, uma das quatro exposições que estão acontecendo no centro cultural fala sobre eles. Fúlvio comenta que, por coincidência, sempre que a Gibiteca completa uma idade “cheia”, um personagem é lançado junto com o aniversário. A Loira Fantasma, que é de autoria do próprio Fúlvio, por exemplo, está fazendo 10 anos. O super-herói Gralha já tem 20 anos. O Curitibinha completou 25 anos. A exposição, além de mostrar alguns personagens em destaque, também possui uma linha do tempo com todos os personagens curitibanos, desde 1888 (quando surgiu o primeiro, o Gaveta do Diabo) até os mais recentes.
Além dos eventos, debates, visitas monitoradas (para grupos e escolas, agendadas) e workshops, o local oferece vários cursos e worshops: mangá, quadrinhos (níveis básico, intermediário e avançado), desenho de figura humana, ilustração digital, quadrinhos para crianças, pintura com aquarela, ilustração nanquim, quadrinhos noturnos e anatomia com modelo vivo cosplay.
“Aqui não se perde tempo, ganha”
A Tribuna encontrou três estudantes de Jornalismo na Gibiteca. Giancarlo Mazza, 18 anos, esteve no local pela primeira vez esta semana. Achou legal a possibilidade de trocar os gibis que tem por outros diferentes. “Até a mesa aqui é legal, dá pra desenhar nela”, comenta.
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Juan Felipe Lamonatto, 24, já esteve lá antes. “Eu curto heróis e mangás. Mas o importante é variar. Pato Donald e Mônica fizeram parte da minha infância, mas hoje prefiro os quadrinhos mais maduros. E aqui não se perde tempo. Pelo contrário, é tempo ganho, porque a gente conhece muitos outros quadrinhos, novos heróis. Vale a pena vir aqui e conhecer esse mundo dos quadrinhos”, convida.
Já o amigo deles, Matheus Ribeiro, 20, enjoou dos heróis e hoje prefere os mangás, porque são histórias mais curtas, com menos capítulos, que possuem começo, meio e fim. “Os melhores mangás são os que têm cerca de 60 capítulos, vão direto ao ponto e finalizam a história. Os heróis, desde a década de 50, 60, possuem ciclos. São fases que iniciam, encerram e reiniciam. Já li várias histórias clássicas de heróis, mas me encheu. Agora descobri esse lugar (a Gibiteca) para trocar e conhecer novos quadrinhos. Aqui a gente não vê o tempo passar. Quando vê, já acabou. Passa a tarde procurando gibis”, revela.
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Serviço
Gibiteca de Curitiba
De 3ª a sábado
Horário: 9h às 12h e 14h às 18h
Entrada gratuita / cursos com taxa de inscrição
Telefone: (41) 3321-3275
Centro Cultural Solar do Barão
Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533 – Centro