Acompanhar a saúde periodicamente e identificar doenças precocemente pode aumentar as chances de sucesso no tratamento

A realização de exames periódicos é fundamental para avaliar o estado geral da saúde e garantir que nenhuma enfermidade esteja se manifestando sem ser assistida. O câncer de colo de útero e o de mama, por exemplo, chegam a até 90% de chance de sucesso no tratamento quando há um diagnóstico precoce.

Nesse texto, entenda?

  • com qual frequência fazer exames de rotina;
  • quais os principais exames do checkup.

Com qual frequência devo fazer um check-up?

Cada indivíduo possui suas particularidades. Por isso, para descobrir a frequência ideal de check-ups, é importante consultar um clínico geral ou médico de confiança. No entanto, existem padrões a serem seguidos. São eles:

  • A cada 6 meses: pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, câncer, entre outros;
  • Anualmente: pessoas em grupo de risco ou com comorbidades, como obesidade, sedentarismo, colesterol alto ou fumantes;
  • A cada 2 anos: adultos saudáveis, com alimentação boa e prática de exercícios regularmente;
  • Exame para mulheres: a partir dos 18 anos ou do início da vida sexual, recomenda-se que sejam feitos anualmente exames ginecológicos, como papanicolau, colposcopia, vulvoscopia, ultrassonografia de mamas e ultrassonografia transvaginal;
  • Exame para homens: a partir dos 40 anos, recomenda-se que sejam feitos os exames de ultrassonografia da próstata, de toque e dosagem do hormônio PSA no sangue (antígeno prostático específico), que identifica inflamações ou crescimento da glândula.

Quais exames fazer no check-up?

Alguns exames básicos são capazes de identificar doenças ou alterações rapidamente. São eles:

  • Hemograma: o exame mais completo e mais solicitado avalia os glóbulos vermelhos para diagnóstico de anemias, os glóbulos brancos para diagnóstico de infecções, alergias e alguns tipos de câncer, e as plaquetas para problemas de coagulação.
  • Glicemia em jejum: é realizadopara medir a taxa de glicose no sangue e conferir se não há pré-diabetes (entre 100 e 125 mg/dl) ou a diabetes em si (acima de 126 mg/dl). A taxa ideal considerada normal é abaixo de 100 mg/dl e o tempo mínimo de jejum é de 8 horas.
  • Colesterol: verifica os níveis de gordura no sangue, avaliando o HDL (o “colesterol bom”), LDL e VLDL (o “colesterol ruim”) e colesterol total (soma de todos os tipos de colesterol, desejável abaixo de 190 mg/dl). Este exame permite calcular o risco de entupimentos nas artérias e doenças cardiovasculares.
  • Triglicérides: avalia o armazenamento das gorduras orgânicas no organismo. O fígado é responsável por pegar os açúcares a mais no sangue e transformar em triglicerídeos. Caso haja uma taxa acima de 150 mg/dl que não é controlada, pode desencadear doenças como pancreatite (inflamação do pâncreas), esteatose hepática (gordura no fígado), aterosclerose (placas de gordura nos vasos sanguíneos) e até mesmo derrame cerebral (AVC).
  • Exames de tireoide: é analisado o TSH, hormônio produzido por uma glândula situada na base do cérebro, a hipófise, que regula a produção dos hormônios da tireoide (T3, atriodotironina; e T4, a tiroxina). É indicado também para mulheres em menopausa, quando distúrbios na glândula são mais comuns.
  • Pressão arterial: com aparelhos digitais ou esfigmomanômetro, aferir a pressão  detecta riscos de infarto, derrame e hipertensão.
  • Exames de fezes e urina: avaliam a saúde fisiológica do organismo e problemas renais. Há também a urocultura, indicada para a detecção de infecção urinária.
  • Testes ergonômicos: também conhecido como “teste de esforço” ou “teste de esteira”, analisa a função cardíaca e é solicitado para pessoas com histórico de problema cardiovascular ou para a realização de atividades físicas.
  • Eletrocardiograma: avaliação do coração em estado de repouso, indicado para pessoas acima dos 40 anos. Pode indicar alterações indicativas de bloqueio arterial, falhas nas válvulas, arritmia, taquicardia e outros problemas.

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