A Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, ultrapassou em março a marca de R$ 660 milhões […]

A Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, ultrapassou em março a marca de R$ 660 milhões em operações de microcrédito em dez anos. Os recursos liberados no período beneficiaram quase 80 mil empreendedores entre informais, MEIs e microempresas em todas as regiões do estado. Somente no ano passado foram contratadas 13.260 operações, somando R$ 105 milhões. A meta da instituição para 2022 é contratar R$ 100 milhões em microcrédito.

O microcrédito é composto por linhas de até R$ 20 mil operacionalizadas principalmente por meio de uma rede de agentes de crédito presentes em mais de 280 municípios, por meio de um modelo de parceria com as prefeituras, e também por meio de uma plataforma digital disponível a partir do portal institucional www.fomento.pr.gov.br/microcredito.

Além de taxas de juros mais baixas do que as encontradas nos bancos comerciais, o microcrédito diferencia-se pelos prazos mais longos para pagamento (até 36 meses) e de carência (até três meses). Os recursos podem ser usados para implantação, ampliação, modernização ou manutenção de empreendimentos que faturam até R$ 360 mil ao ano.

“O microcrédito é uma política pública de grande alcance, porque atende aquele cidadão que mais precisa da mão do Estado, que muitas vezes não tem acesso ao sistema financeiro e que precisa de suporte para melhorar a renda da família”, afirma o economista Heraldo Neves, diretor-presidente da instituição. “Por isso estamos percorrendo o estado em contato com prefeitos para firmar novas parcerias e fortalecer as atuais e ampliar o volume de crédito para os pequenos negócios, que são grandes geradores de empregos e de renda.”

Os recursos para as operações são repassados por instituições como BNDES, BRDE e Caixa Econômica Federal ou mesmo do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), que foi usado na linha Paraná Recupera, no período mais crítico da pandemia de covid-19. A Fomento Paraná trabalha na captação de novos recursos para micro e pequenas empresas. Há tratativas com o Banco do Brasil, Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e Banco Europeu de Investimento (BEI), entre outras.

PARCERIA — Uma parceria se destaca ao longo da existência Da Fomento Paraná (21 anos): o Sebrae/PR. Seja pelo objeto de ação, como serviço de apoio às micro e pequenas empresas, que capacita e orienta empreendedores em seus projetos, seja nos cursos e outros eventos de capacitação de agentes de crédito da Fomento Paraná, que atuam hoje em salas do empreendedor, agências do trabalhador e outros departamentos nas prefeituras conveniados com a instituição, e mais recentemente com o fundo de aval FAMPE.

“Nossa parceria tem sido efetiva em três frentes: capacitação, aval e formação dos agentes que atuam nos municípios. Juntos, trabalhamos o crédito orientado que leva para o empresário uma gestão financeira mais efetiva, o que impacta na sustentabilidade dos negócios. E, no ambiente favorável para o acesso ao crédito, a articulação em políticas públicas e o aval pelo Fampe, possibilitaram avanços para as micro e pequenas empresas”, destaca Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae Paraná.

Agente de crédito em Marialva, no norte do estado, desde 2011, Roberto Carraro conta como se sente cumprindo a função. “Toda vez que consigo ajudar alguém, que consigo ser ponte entre um desejo e um sonho para realizar um investimento, é como as coisas que eu planto no meu pedaço de chão, lá na roça. Eu vejo brotar uma esperança para esse empreendedor realizar na sua empresa crescimento e evolução, o com crédito que eu ajudo a disponibilizar”, conta Carraro. “Fico feliz quando vejo empreendimentos que começaram comigo, lá em 2011, e hoje as empresas cresceram, saíram do fundo de quintal, montaram seu ponto de atendimento, compraram equipamentos e estão sustentando a família.”

Fomento Paraná
Roberto Carraro, agente de crédito em Marialva: “Fico feliz quando vejo empreendimentos que começaram comigo, lá em 2011, e hoje as empresas cresceram.| Luciano Patzsch/Fomento Paraná

“Não gosto de tomar crédito e nem mesmo gosto da palavra ‘empréstimo’, mas sempre analiso as possibilidades da Fomento Paraná”, conta Aline Artigas, dona de uma loja de produtos naturais em Curitiba.  “Mas quando veio a pandemia, a gente passou dois meses fechados. Foi muito difícil. O crédito da Fomento Paraná ajudou a ter um capital de giro e honrar compromissos com fornecedores”, lembra a moça, que contratou um crédito da linha Paraná Recupera em 2020.

A comerciante superou o momento de adversidade e se prepara para novos passos. Com apoio do Banco da Mulher Paranaense, ela encontrou crédito em condições mais vantajosas para investir em um novo espaço de vendas mais amplo e diversificar a gama de produtos à venda.

“O Banco da Mulher Paranaense tem uma taxa mais atrativa para empresas gerenciadas por mulheres. Vi que também conseguia uma redução quem já tinha cursos de capacitação, que é o meu caso. Não é fácil fazer uma mudança no meio de uma crise, mas a gente precisa fazer e com o crédito vai facilitar bastante”, conclui.

Gráfico
Crédito: Divulgação
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