Há anos governo estadual promete melhorias que até o momento não aconteceram

A Associação dos Engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Paraná (AEDER) vem por meio desta manifestar sua preocupação com a desvalorização do papel dos servidores, o desmonte da estrutura física e humana da administração pública, sobretudo no que tange àqueles vinculados à Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística do Estado do Paraná (SEIL). É importante esclarecer que o DER/PR é uma autarquia imprescindível para o Estado do Paraná, nacionalmente reconhecida e que tem sob sua responsabilidade a manutenção e conservação de mais de 12.000 km de rodovias, além de construções de obras fundamentais para a logística, desenvolvimento e fomento da economia paranaense. Afora isso, ainda presta auxílio técnico e financeiro a diversos municípios por meio de convênios para execução de obras relevantes que também estimulam o desenvolvimento do Estado.

Todos estes serviços indispensáveis ao Estado e, sobretudo, à sua população, somente são possíveis porque os servidores que trabalham no DER/PR e na SEIL laboram incessantemente no cumprimento de seus deveres funcionais e profissionais, e o fazem com toda dedicação e com, atualmente, precárias condições de trabalho. Horas extras não pagas, trabalhos aos finais de semana, férias interrompidas, remuneração defasada, falta de servidores e total ausência de estrutura física adequada, são apenas alguns dos problemas enfrentados hoje.

Como sempre, promessas foram feitas de que haveria reestruturação no DER/PR, corrigindo-se as distorções remuneratórias, aprimorando a estrutura física, contratando novos servidores, o que até hoje não aconteceu. É fundamental esclarecer à população que atualmente o DER/PR conta com 623 servidores, sendo que destes, 80% já estão em condições de se aposentar. Para que o DER/PR possa atuar de modo eficiente, deveria possuir, no mínimo, 900 servidores, dentre os quais, ao menos 180 engenheiros de carreira.

Atualmente, existem 30 contratos de consultoria em andamento, que têm como objeto o apoio à fiscalização dos contratos de obras, o que abrange manutenção, conservação e implantação de rodovias, ao custo de R$ 347.086.005,44, e contam com 203 (duzentos e três) engenheiros terceirizados. Os engenheiros de carreira são apenas 87 e a sua remuneração média, na maioria dos casos, é 50% inferior àquela paga aos profissionais terceirizados.

Contudo, independentemente deste cenário, os servidores de carreira continuam a exercer suas atividades com qualidade, zelo e dedicação, pois sabem o papel fundamental que têm para com a sociedade paranaense. Este comunicado tem o condão de trazer informações relevantes à sociedade, afinal, o que se vê é o marketing político enaltecendo as realizações e elogiando os servidores, porém, a realidade efetiva das condições de trabalho e remuneratórias não espelha essa gratidão e muito menos valoriza os servidores e a própria história do DER/PR.

O que fica é a frustação ao se ver outras carreiras e servidores terem seus pleitos atendidos, e que distorções históricas se aprofundem por conta de um tratamento assimétrico por parte do governo, principalmente pela relevância das ações executadas e o fomento a toda cadeia produtiva, inerentes às obras de infraestrutura a cargo do DER/PR. Mesmo com as dificuldades já elencadas e com um quadro de servidores a cada dia menor, continua-se trabalhando e entregando os resultados à sociedade.

Esperamos que o governo faça o mínimo e troque as campanhas de marketing e os elogios por ações efetivas de reconhecimento do papel de Estado que os funcionários do DER/PR exercem. Acreditamos que a divulgação de informações reais suscite a análise efetiva e profunda da premente necessidade de se efetivar a reestruturação, aprimoramento e melhorias nas carreiras públicas indispensáveis à sociedade paranaense.

Diretoria da Associação dos Engenheiros do DER – AEDER-PR

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