Cadê o hospital?

Em julho do ano passado cerca de 800 veículos que ocupavam o pátio da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Vila Izabel, foram retirados do local, destruídos e preparados para reciclagem para dar lugar ao futuro Hospital da Beneficência Árabe do Paraná. A expectativa na época era que o hospital fosse concluído em pouco mais de dois anos, mas até agora o que se vê é apenas mato.

Enquanto a construção não sai do papel, só mato está crescendo na área (foto: Giuliano Gomes)
Enquanto a construção não sai do papel, só mato está crescendo na área (foto: Giuliano Gomes)

A Sociedade Árabe de Beneficência do Paraná (Saben) é a responsável pela construção do hospital filantrópico. A expectativa inicial era entregar parte do hospital já em funcionamento no final de 2016, mas será necessário alterar o cronograma. “Talvez a gente tenha um prejuízo nas datas de entrega por causa de atrasos durante a execução do projeto. Algumas coisas demoram demais para acontecer, mas alguns percalços fazem parte do caminho”, explica Rached Hajar Traya, médico e presidente da Saben.

Segundo ele, o terreno onde o hospital será construído foi entregue em definitivo somente em setembro e isso também forçou uma modificação no planejamento. Apesar dos atrasos, porém, o projeto está em andamento. “Há pouco mais de um ano estamos em forte negociação com os nossos parceiros que irão oferecer os serviços dentro do hospital. Tivemos inclusive a visita de um grupo da Arábia Saudita que quis conhecer o projeto e seria um dos apoiadores da nossa ideia”, diz Rached.

E os investimentos são altos. A previsão inicial gira em torno de R$ 450 milhões a R$ 500 milhões, mas diante do cenário econômico atual, principalmente com a alta exorbitante do dólar e a elevada taxa de juros, será preciso fazer uma nova revisão dos custos.

O montante compreende três empreendimentos: o hospital com 230 leitos atenderá diversas áreas, mas algumas serão consideradas de excelência, como cardiologia, oncologia e ortopedia de grandes articulações, por exemplo. Além disso, por ser um hospital filantrópico, também vai atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Também faz parte do projeto o Instituto de Ensino e Pesquisa, um centro formador de recursos humanos, e o Centro de Diagnóstico e Terapias Ambulatoriais. “Queremos construir um novo modelo de atendimento à saúde, concentrando todos os exames e atendimentos em um só local. Queremos dar um salto de qualidade no atendimento hospitalar. É o nosso compromisso com a sociedade”, afirma Rached.

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