Muito mais que práticas esportivas, as aulas de educação física na Escola Municipal Natália de Conto Costa, no Umbará, têm ensinado sobre prevenção ao uso de drogas. O projeto “Drogas na escola, não cola, tô fora”, para crianças do 5.º ano do ensino básico, informa os riscos que o uso de substâncias tóxicas traz para a saúde.
Os professores partem do conhecimento dos alunos sobre o tema. “Muitos acreditam que as drogas são apenas substâncias ilícitas, mas durante o bate-papo abordamos álcool e cigarro”, revela o professor de educação física Sidney Gilberto Gonçalves, idealizador da iniciativa. Segundo ele, em cerca de 70% das famílias dos estudantes é comum o uso de alguma substância tóxica. “A bebida alcoólica é a mais recorrente, porém, sabemos de casos em que os pais usam maconha ou até drogas mais destrutivas, como o crack”, conta.
Experiência
O projeto teve início a partir da bagagem que o professor acumulou em colégios particulares que possuíam programas semelhantes. “Quando iniciei em escolas públicas, percebi que os fatores de risco são maiores, e não existia nenhuma ação para conscientizar os alunos nesse sentido”, afirma.
Sidney explica que nessa fase de desenvolvimento, os jovens são curiosos e passam por período de descobertas. “Não adianta falar que é ruim e pronto. É preciso esclarecer, contar sobre os efeitos e conversar sobre as consequências, que envolvem a perda de muitas oportunidades”, cita.
Parcerias com os projetos “Anjus na Escola” e “Cão Amigo” resultam em palestras de atletas e demonstrações de cães farejadores da Secretaria Antidrogas. “O envolvimento deles com o esporte durante as atividades melhorou, e observamos que percebem que podem encontrar prazer longe das drogas”, comenta Sidney.