Sem asfalto e nem rede de água pluvial, o trecho da Rua Aristeu Martins, no Uberaba, entre as ruas Pacífico Guimarães Teixeira Filho e Isac de Oliveira, representa dor de cabeça para os moradores. Antes uma rua sem saída, a via foi aberta há aproximadamente cinco anos, juntou-se à Rua Alvorada e ganhou maior fluxo de veículos, mas ainda não recebeu estrutura necessária mesmo estando regular perante a prefeitura de Curitiba.
Há 25 anos morando no endereço, o comprador Luiz Carlos dos Santos pretende deixar o local por causa dos transtornos constantes, especialmente quando chove forte na região. “Não tem rede fluvial, só ali na esquina, então aqui fica tudo coberto pela água”, reclama ele que, depois de diversas solicitações não atendidas, decidiu tentar resolver o problema por conta própria. “Não adianta pedir para arrumarem. Fiz uma saída da água para a rede de esgoto. Eu sei que é errado, mas não tenho o que fazer”. A esperança é que a situação se resolva depois que os sobrados que estão em construção na rua sejam entregues e, junto com eles, cheguem as melhorias.
Sem asfalto, a rua que recebe alto fluxo de carros e ônibus escolares também varia entre a lama e o pó, quando chove ou em dias de sol forte. “Os carros passam aqui e jogam pedras para os lados”, completa. O trecho é bastante utilizado por mães e estudantes no caminho da escola, que precisam dividir espaço com os carros pela rua.
A situação, porém, ainda deve demorar a melhorar. De acordo com a prefeitura, como a rua não possui equipamento público nem é via de passagem dos ônibus do sistema de transporte coletivo, a pavimentação do local não está prevista na Lei Orçamentária de 2015. Mesmo assim, a Regional Cajuru solicitou à Secretaria Municipal de Obras máquina para realizar melhorias na via. Já a drenagem e implantação de galeria fluvial, explicou o município, é responsabilidade dos proprietários dos imóveis. “A prefeitura faz parceria com os moradores desde que haja interesse dos mesmos, que podem procurar a Regional Cajuru para tratar do assunto”, esclareceu, em nota.
Atalho do perigo
Além da estrutura precária para moradores, pedestres e motoristas, a população reclama da falta de segurança no local. Um campo de futebol é usado como atalho, mas o mato alto no entorno cria um ambiente propício para que sejam cometidos crimes. Pelo menos duas pessoas foram assassinadas no local e os assaltos são constantes, até mesmo durante o dia. “É perigoso, sempre tem assalto, mas todo mundo passa por aqui”, comenta o morador William José dos Santos.