O resultado das obras na marginal da Avenida Comendador Franco, próximo ao cruzamento com a Rua Henrique Mehl, no Uberaba, ainda divide opinião entre moradores e empresários do local. Na metade do ano passado, o trecho passou por mudanças previstas nas obras do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária, para a Copa do Mundo em Curitiba, mas que ainda não agradaram a todos. Na época dos trabalhos, os moradores chegaram a realizar protestos contrários à modificação com faixas instaladas nos muros das residências.
O principal alvo de críticas é o fechamento dos acessos à avenida, o que tornou a marginal uma rua sem saída. A entrada e a saída do local são feitas agora pelo mesmo ponto, no início da marginal. Muitos motoristas, porém, desconhecem a nova configuração da marginal e tentam acessá-la para chegar até a Rua Henrique Mehl. “Na minha opinião, o único problema é a falta de uma placa avisando que agora aqui é uma rua sem saída, mas pra gente que tem criança em casa, ficou muito melhor”, afirma a noergologista (profissional que estuda a interação pensamento-cérebro) Mareliz Rodrigues, 38. Ela conta que muitos motoristas ainda trafegam em alta velocidade pelo trecho, por não saberem que não existe mais a saída. “Diminuiu um pouco o fluxo de carros aqui, mas eles continuam correndo”, conta.
Para a moradora, que disse ser a favor da obra desde o começo, a mudança refletiu na segurança das residências. ‘Vale a pena, do resto não tenho o que reclamar‘, diz. Um dos acessos à avenida que foi fechado ficava em frente a sua casa, onde a movimentação era constante.
Para o gerente da pizzaria localizada logo no acesso para a marginal, a obra piorou a situação no trecho. Além de apenas um acesso, a mudança dificultou o estacionamento dos clientes. “Fica todo mundo encurralado sem outra saída”, critica André Luiz da Silva. Outro problema apontado pelo gerente é a ausência de bueiros. “Só temos bueiro em um lado da rua, no lado esquerdo. Do lado de cá não tem nada”, diz ele, que também sugere a instalação de lombadas para reduzir a velocidade dos carros que passam em alta velocidade pelo local.
Cadê a placa?
A prefeitura de Curitiba afirma que a obra na marginal “foi concluída juntamente com as intervenções realizadas com as obras do Corredor Aeroporto-Rodoferroviária”. “Em julho de 2014, Ippuc e Setran, estiveram em reunião com a população na Igreja São Paulo Apóstolo explicando as mudanças contidas no projeto que implicaria no fechamento de alguns acessos à Avenida das Torres”, esclareceu o município. Além disso, a instalação de uma placa informando que se trata agora de um trecho sem saída será solicitada pela Regional Cajuru.