Com o asfalto cheio de remendos, fendas desgastadas e um balanço nada agradável pra quem cruza o viaduto da Avenida Salgado Filho, no Uberaba, alguns motoristas têm procurado desviar esse atalho. A Rua Eduardo Victor Piechnik, que frequentemente é usada como desvio de acesso à Salgado Filho, mesmo quando não há bloqueios, passou a ter mais movimento em função desse receio.
A aposentada Judite Lucca Casal, 73 anos, que vive há 40 anos em uma residência da Rua Eduardo Victor Piechnik, afirma que os filhos dela evitam dirigir sobre o viaduto, que passa sobre a linha do trem. “Eles reclamam que treme muito e as fendas são muito grandes”.
O diretor técnico da Coordenação da Região Metropolitana (Comec), Sandro Setim, esclarece que a trepidação do viaduto não representa qualquer risco para os motoristas. “É natural o viaduto tremer pra preservar estruturalmente a construção”, explica. Quanto aos remendos do asfalto e as fendas, as duas melhorias integram as mudanças previstas pro viaduto. “O projeto prevê a recomposição e substituição asfáltica do viaduto, bem como a substituição das juntas de dilatação (fendas) que integram a estrutura do viaduto”, explica.
Essa parte da obra do Programa de Aceleração do Crescimento wPAC) da Mobilidade Urbana, que deveria ter sido entregue inicialmente até a Copa do Mundo de 2014, tinha previsão de iniciar em dezembro, após o governo estadual acertar os pagamentos à empreiteira. Mas devido ao excesso de chuvas, o prazo deve ser adiado. “Como a obra exige bloqueios e a temporada de férias estará em andamento, vai depender da liberação do Setran pros bloqueios”, informa o diretor.