Há um ano, conta um morador, não havia nenhuma placa de “vende-se” ou “aluga-se” nas proximidades da Rua Dr. Satilas do Amaral Camargo com a Rua Macapá, no Tingui. Agora, na esquina, contam-se pelo menos quatro placas. Um dos moradores confirma que decidiu se desfazer do imóvel por desgosto em ver sua rua destruída e não ver solução, mas lamenta que o estado precário do cruzamento afasta potenciais compradores.
O local estava, há meses, sem proteção asfáltica, cascalho à mostra e falta de meio-fio, fazendo com que os carros invadissem a contramão na tentativa de escapar dos buracos na pista. Nesta semana, após a Tribuna procurar a prefeitura para saber se havia previsão de obras na via, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) comunicou que fez a recolocação dos meios-fios e da capa asfáltica no local, o que vinha sendo esperado há meses pelos moradores.
A expectativa da vizinhança agora é que a reforma seja suficiente para conter a força das águas, que vinha arrastando o antipó e tornando precárias a condições do cruzamento. Sem proteção, os cascalhos eram arrastados pelas águas das chuvas, resultando em sulcos na via.
O aposentado Oswaldo Franco, 66 anos, conta que tinha de seguir um ritual a cada ameaça de chuva: sua casa fica abaixo do nível da rua e precisava proteger a rampa na entrada com tábuas, para tentar conter o lamaçal a cada tempestade. “Já foram feitas várias obras aqui, cada uma prometia resolver o problema, mas até agora, nada”, reclamou, antes da intervenção da Setran.
Em uma dessas obras, o meio-fio foi retirado, complicando ainda mais a vida dos pedestres, que tinham de dividir espaço com os automóveis. A Setran explica que a Rua Dr. Satilas do Amaral Camargo passou por uma reforma na sua rede de galerias de águas pluviais executada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas, o que teria causado estragos.