O trabalho de pavimentação e instalação da rede de esgoto na Rua Albor Pimpão de Almeida, no Tatuquara, ainda não passou de promessa. Há mais de um ano os moradores viram de suas casas quando os trabalhadores responsáveis pelo serviço não voltaram mais e as obras ficaram pela metade.
A rua se estende por sete quadras de chão batido e buracos. O problema fica completo com a presença de manilhas em cinco esquinas. Elas foram colocadas ali para evitar o acesso aos buracos que ficaram abertos – por onde é possível ver o esgoto correndo -, para uma futura instalação de bocas de lobo, um risco para os moradores, especialmente para as crianças.
“Quando chove é barro, quando tá calor é só pó”, descreve o caminhoneiro Vicente Cecchi, 43, que diz ver máquinas passando vez ou outra para assentar o chão, mas ainda não sabe quando as obras serão retomadas e muito menos concluídas.
Além de ter que enfrentar o barro e a poeira, o comerciante Donato Marzczaokoski, 51, conta que as manilhas instaladas nas esquinas também são responsáveis por acidentes de trânsito, já que deixam a rua mais estreita para a manobra dos carros, principalmente durante a noite. “Fica difícil de passar, as manilhas estão quase no meio da rua”, diz. Um agravante é a presença de uma igreja em uma das esquinas. Durante as celebrações crianças brincam em frente ao local, próximo a um buraco que está isolado pela manilha.
Recomeço em dois meses
Responsável pela obra de pavimentação na Rua Albor Pimpão de Almeida, a Cohab informou que as obras devem recomeçar em até 60 dias. O órgão explicou que o trabalho de pavimentação é feito com recursos da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e o contrato foi suspenso por problemas na revisão do projeto.
De acordo com a Cohab, o projeto já foi revisado e encaminhado para aprovação da Caixa Econômica Federal. Após esta etapa os trabalhos já podem ser retomados, o que deve acontecer em 60 dias, conforme previsão do órgão.
Sobre o pedido de instalação de uma lombada na Rua Olívio José Rocetti, a prefeitura informou que a solicitação está em análise pelo departamento de engenharia da Secretaria Municipal de Trânsito, para que seja avaliado de acordo com as normas do Código Brasileiro de Trânsito.
Ruas estão abandonadas
“Está um horror, já levamos um abaixo assinado na prefeitura e para os vereadores, mas nada. Aqui sempre tem batida, atropelamento. O povo anda que nem doido por aqui”, conta a comerciante Josiane Monteiro, 38, que ainda tem outras solicitações para a localidade. “São os moradores que pagam pra limpar o mato quem tem do outro lado da rua. Além disso, esses dias fiquei 25 minutos no telefone com a Central 156 para pedir que trocassem a lâmpada do poste que está queimada e ainda desligaram na minha cara”, reclama.