Um trecho da BR-476, conhecida como Rodovia do Xisto, que divide os bairros Tatuquara e Cidade Industrial de Curitiba (CIC), tem sido ponto regular de acidentes envolvendo os moradores que atravessam a pista para transitar de um bairro para o outro. A situação na região já era perigosa, porém recentemente o radar que alertava os motoristas para reduzir a velocidade foi retirado. Neste mês, mais uma vítima morreu no local tentando cruzar a pista.
De acordo com os moradores, após a população interditar várias vezes a via, ateando fogo em pneus a cada fatalidade, foram instalados radares próximo ao trecho do quilómetro 146, que passa pelo viaduto da ferrovia, onde os acidentes são mais frequentes. Morador do Tatuquara, Antônio Marcos, que trabalha na armação de ferragens, conta que grande parte dos serviços que consegue são na CIC.
“Para atravessar é preciso ter paciência, pois geralmente levamos de dez minutos até meia hora. Algumas vezes é preciso dar uma volta e passar pelo viaduto na Rua Paul Garfunkel”, afirma. “Fiquei sabendo de pelo menos cinco mortes. Uma vez, quando estava atravessando, um rapaz me contou que perdeu o pai exatamente ali, tentando chegar ao outro lado”.
Vai voltar!
De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), o radar que existia no local foi retirado devido à obras de restauração da via, mas nas próximas semanas o equipamento deve voltar a funcionar.
Segundo o órgão, existem quatro passarelas de pedestres previstas para a rodovia entre Curitiba e Araucária, nos quilômetros 147, 151, 153 e 155. A passarela no quilometro 147 deverá atender à população que vive à margem da rodovia. Mas ainda estão em fase de desenvolvimento de projeto e sem previsão para execução das obras.
