Os moradores da Rua João Enéas Ramos de Sá, no bairro Tatuquara, convivem desde novembro do ano passado com uma situação bastante complicada. As obras para a colocação de asfalto em três quarteirões, que começaram em agosto, foram interrompidas e até agora não há nenhum sinal de que a via será asfaltada. O que se vê no local são apenas pedras e muito pó.
O problema, no entanto, segundo a dona de casa Ivone Santos Dantas, 68 anos, é muito mais antigo. “Meu marido lutou durante 20 anos para ter asfalto nessa rua e morreu há 20 dias sem ver isso acontecer. Temos que conviver com a poeira, sujeira e bagunça. Ainda quando chove não fica tão ruim porque lava a rua, mas andar por aqui é um perigo. Sempre tem alguém caindo e virando um pé”, conta Ivone. Segundo ela, máquinas da prefeitura vieram trazer algumas manilhas, mas não se sabe se as obras vão começar. “Nós temos esperança que logo a rua seja asfaltada. Pagamos o IPTU que não é barato. Queremos que as coisas aconteçam”, conta.
Além da demora para a obra sair do papel, Ivone também revela que os moradores ficaram quase três anos esperando que a prefeitura viesse colocar o meio-fio. “Nós pagamos cerca de R$ 6 mil pelo meio-fio, mas eles demoraram três anos para começar a obra”, relata a dona de casa.
De acordo com a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), a obra é de responsabilidade do Distrito de Manutenção da Administração Regional do Pinheirinho e não está parada. A secretaria afirma que a obra está sendo executada conforme possibilidade de atendimento das equipes. “É um trabalho que exige a atuação em diversas frentes. Então, quando não há funcionários trabalhando com maquinário, outros estão realizando medições, executando obras de drenagem e assim por diante”, explica, em nota.