Jovem deputado

O que faz um parlamentar? É exatamente isso que descobrirá o estudante do Colégio Estadual Homero Batista de Barros, Luan Henrique Azevedo, 17 anos, morador do Tatuquara. Ele foi um dos cinco jovens paranaenses selecionados para participar do programa Parlamento Jovem brasileiro da Câmara dos Deputados e passará uma semana acompanhando a rotina do Legislativo federal.

Desde cedo, Luan já nutria interesse pelas grandes decisões que envolviam sua cidade natal, Ortigueira, no interior do Paraná. Quando ele se mudou para a capital do Estado, a vontade de conhecer mais sobre o jogo do poder aumentou. “Os participantes tinham que enviar algum projeto de lei para ser avaliado. Cada estado terá estudantes representando a região de acordo com a proporção de cadeiras que ele possui na Câmara”, conta. O estudante teve a melhor nota do Paraná ao apresentar uma proposta para estabelecer um valor mínimo para a bolsa-auxílio para os estagiários.

Atualmente a lei que define estágio apenas exige que as empresas arquem com o custo do vale transporte, um turno máximo de seis horas e o período de férias. “Sempre ouvi histórias de amigos que realizavam estágios em empresas apenas para adquirir experiência. O problema é que na realidade todos eles acabavam realizando atividades práticas e recebiam um valor simbólico insignificante. Isso quando existia esse benefício”, explica o estudante.

Foto: Felipe Rosa.
Desde cedo, Luan já nutria interesses na política. Foto: Felipe Rosa.

Com livros de cabeceira como a Constituição Nacional e a biografia de Getúlio Vargas, Luan já pensa em cursar a faculdade de direito e aprimorar seus conhecimentos sobre as leis. “Acho interessante opinar sobre as decisões políticas, mas percebi que grande parte das pessoas não busca informações suficientes e acaba cometendo muitas gafes. Depois que passei a conhecer melhor o processo de criação de leis decidi me filiar a um partido e ser mais atuante”, conta.

Troca

A viagem para Brasília, com direito a estadia no Hotel Nacional, servirá também para a troca de experiências entre os selecionados das diversas regiões do país. “Já temos um grupo no ’Whatsapp’ e já combinamos que cada um levará algo típico de sua região. Eu estou levando bastante pinhão para o pessoal conhecer. Também conversamos muito sobre as diferentes características de cada lugar, sobre os costumes e condições de vida”, revela.

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