Bem na esquina do Liceu de Ofícios Santa Rita, o cruzamento da Rua Enett Dubard e Avenida Pero Vaz de Caminha, no Tatuquara, é ponto de alagamento crônico, que segue ignorado pelas autoridades. Além do Liceu, na mesma quadra está instalado o Centro de Referências de Assistência Social (Cras) Santa Rita.
Segundo a balconista da Banca N.R., Neusa Barbosa, 51 anos, a água da chuva deixa o telefone “ilhado”. “Quando chove forte, leva dias para descer a água”, informa. Trabalhando há três anos na banca, ela nunca observou qualquer alteração desse problema. “Gosto de limpeza e de deixar tudo bonito, tanto que mantenho sempre limpa a entrada na banca, que é o nosso cartão de visitas. Chego a limpar de três a quatro vezes por semana os bueiros, para ver se melhora o escoamento, mas essa situação continua”, explica.
Lixo
Lixo na rua e o assoreamento do rio que atravessa a Pero Vaz de Caminha colaboram para a situação. O latoeiro Carlos Alberto Barbosa, 47 anos, que mora na avenida, explica que fiscaliza da janela o pessoal que está na rua. “Não deixo ninguém jogar lixo, mas o problema é que estão descendo entulhos de uma construção que fica há algumas quadras daqui”, aponta.
Ele diz que já participou de algumas mobilizações para canalizarem toda a via. “Acho que isso resolveria os problemas de alagamentos crônicos. Outra coisa errada é que falta grelha de concreto no bueiro da esquina com a Rua Enett Dubard”.
O que a prefeitura faz?
A Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) ressalta que faz obras na região do Tatuquara para amenizar problemas com cheias e melhorar a vazão de córregos e canais. Outra ação da secretaria foi levar uma escavadeira para trabalhar no canal acumulador da Gleba da Ordem, para serviços de limpeza e desobstrução. Conforme a pasta, esta medida deve impactar na esquina da Rua Enett Dubard e a Avenida Pero Vaz de Caminha, pois o canal acumulador absorve a demanda do canal de drenagem da avenida.
A SMOP acrescenta que serviços de manutenção e limpeza do canal da Rua Pero Vaz de Caminha também são executados com frequência e que são feitas vistorias permanentes em canais de Curitiba como ação preventiva para evitar assoreamento.