Dança de futuro

A sede do Centro de Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Santa Rita, no Tatuquara, fica movimentada aos sábados. Por ali passam 135 meninas, de 4 a 18 anos, que participam das atividades da organização não governamental Arte Geral. O objetivo é levar a cidadania por meio da arte: dança, música, teatro, artes visuais e artes marciais.

Atualmente, a entidade oferece apenas aulas de dança, mas além de aprender os passos do balé clássico ou da dança criativa, as participantes levam ensinamentos para toda a vida. “Todo mundo cresce como pessoa. As meninas melhoram a autoestima, conhecem outras pessoas”, destaca a criadora e presidente da instituição, Andrea Gianini, 39.

Foto: Gerson Klaina.
Foto: Gerson Klaina.

Entre tantos exemplos de envolvimento e dedicação à iniciativa está Rita de Cássia Bernardes Brambila, 22. Hoje professora de dança, há 16 anos ela começava em sua primeira aula de dança na própria Arte Geral. “Isso trilhou todo o resto da minha vida, desde que comecei aqui eu não parei com a dança e não me imagino fazendo outra coisa”, conta ela, que estudou na escola do Teatro Guaíra, participou de dois grupos de dança na Universidade Federal do Paraná e cursou Pedagogia.

A experiência de Rita enriquece seu envolvimento com as meninas durante as aulas e os ensinamentos que ela oferece. “Mais do que só ter o contato com a dança, elas terão vivência para qualquer área que forem seguir. Aqui estamos formando cidadãs”, garante.

Pra toda família

Quando começou a levar sua filha Mariana para as aulas de dança no Arte Geral, a dona de casa Maria Aparecida Tomé dos Santos, 32, não imaginou que também teria mudanças na sua vida. Na época, a menina tinha três anos e meio e não demorou para que Maria ocupasse um papel importante na entidade.

Foto: Gerson Klaina.
Foto: Gerson Klaina.

“Fui me envolvendo cada vez mais e agora ajudo em tudo. Recebo as mães, ajudo a organizar as atividades. Venho todo o sábado com a minha filha e ficamos até fechar”, relata ela, que se tornou uma das principais voluntárias. Hoje Mariana está com sete anos de idade e chama a atenção por ser “bastante comunicativa”. Já Maria superou uma depressão e se sente útil ao ajudar no projeto. “Tenho uma ocupação, assim não me sinto tão sozinha. Não pretendo parar tão cedo”.

Potencial pra muito mais

Mesmo com os bons resultados alcançados, a fundadora da Arte Geral, Andrea Gianini, acredita que pode fazer ainda mais. Isso só não é possível por falta de recursos, já que a instituição sobrevive com a doação de empresários e pessoas que acreditam na proposta, além de rifas para arrecadar dinheiro. Outro elemento fundamental para as atividades é o trabalho dos professores, que é voluntário.

“O que recebemos é para o básico do básico. Nosso sonho é ter uma sede própria, profissionalizar nosso trabalho, pagar nossos voluntários”, diz Andrea. É por falta de estrutura e mais voluntários que as outras modalidades artísticas não estão sendo realizadas. “Temos que dar apoio”. Interessados em participar ou ajudar da ONG Arte Geral podem entrar em contato pelo facebook da instituição: www.facebook.com/institutoartegeral

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