Moradores da região do Tatuquara não veem a hora da Rua da Cidadania do bairro ser finalmente aberta. Em construção desde julho do ano passado, a estrutura já está com as obras avançadas e, segundo a prefeitura, com o cronograma em dia. Por isso, deve ser inaugurada no próximo mês de março. O investimento totaliza cerca de R$ 7,3 milhões. Enquanto isso, a população da região é obrigada a conseguir acesso a serviços municipais e públicos apenas na Rua da Cidadania do Pinheirinho ou no posto avançado localizado no próprio Tatuquara.
O segurança Mario Vargas, 46 anos, mora em um dos conjuntos habitacionais localizados em frente ao terreno onde a Rua da Cidadania do Tatuquara está sendo construída. Ele conta que espera que a obra não atrase para não ter mais que ir até o Pinheirinho para resolver qualquer problema relacionado aos serviços públicos. “Qualquer coisa que temos que fazer, tem que pegar ônibus e ir até a Rua da Cidadania do Pinheirinho. É longe demais e nem sempre conseguimos ir, pois aqui todo mundo trabalha e tem suas coisas pra fazer”, diz.
A dona de casa Regianne Oliveira, 32, também aguarda que os serviços municipais fiquem mais próximos da população do Tatuquara. “Não tem cabimento a gente ter que se deslocar até o Pinheirinho para ver se uma conta de luz está certa ou ter que resolver alguma coisa numa secretaria”, afirma.
Regianne também afirma que a população aguarda outros serviços oferecidos pelas Ruas da Cidadania espalhadas pela capital. “Queremos que as crianças tenham aulas de esportes, que tenha aparelhos para os idosos fazer ginástica e tudo mais. Não é só a parte de serviços, mas também precisamos de lazer aqui”, cobra.
Quando ficar pronta, a nova Rua da Cidadania vai abrigar a décima administração regional da capital, que atenderá os moradores do Tatuquara, Caximba e Campo de Santana, atualmente vinculados à regional Pinheirinho. Nos últimos dez anos, os três bairros ganharam 35.800 moradores, o que representa um crescimento de 77,6% – ou 5,91% ao ano. Enquanto a taxa de expansão de Curitiba foi de 10,37% na última década.
