À beira do abismo

A ponte sobre o Rio Barigui na Rodovia do Xisto (BR-476) está tirando o sono de pedestres e ciclistas que transitam por lá diariamente. O local, que fica exatamente no limite do município de Araucária com o bairro Tatuquara, em Curitiba, tem um grande fluxo de pedestres, já que fica próximo à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras. E as condições da estrutura não oferecem segurança para quem passa pela ponte.

O ponto mais crítico está na estrutura de passagem de pedestres que fica situada no sentido Curitiba da rodovia. Ao longo dos pouco mais de 50 metros de ponte, a passagem está bastante danificada, com partes destruídas onde até já nasceram pequenas plantas. Num trecho da travessia, há cerca de 60 centímetros de piso para pedestres e ciclistas passarem. Além disso, a estrutura balança muito quando veículos pesados passam pela ponte, o que pode desequilibrar uma pessoa durante a passagem.

O motorista Ferdinando Caetano do Nascimento é morador do Tatuquara e trabalha para as empresas localizadas no entorno da Repar. Ele contou à reportagem que passa quase que diariamente no trecho e disse que passa medo ao transitar pelo local. “A ponte balança muito e quando passam os carros e caminhões em alta velocidade dá muito vento e isso pode derrubar alguém que não conhece a região. Eu passo bem devagar e me segurando na mureta para não perder o equilíbrio”, revela.

Nascimento ainda disse que boa parte dos moradores da região são obrigados a passar pela péssima estrutura da ponte, pois não há outro meio de transitar pelo entorno da rodovia. “Diversos vizinhos trabalham nas empresas de Araucária e são obrigados a passar por aqui. Como não tem outro lugar pra andar, andam pela estrada mesmo e atravessam a ponte mesmo com todo o perigo que ela gera. É um absurdo, pois a  estrutura da passagem de pedestre está muito comprometida e é perigoso. Não sei como ainda não aconteceu algo pior”, ressalta.

O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) informou à Tribuna que realizará em breve um estudo para licitação de um projeto específico de recuperação do local. Porém não detalhou que tipo de intervenção será realizada nem o prazo para que isso aconteça.

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