As obras da trincheira Linha Verde, que liga os bairros Cristo Rei e Tarumã, já terminaram, mas continuam gerando transtornos à vizinhança da região. Quem mora na área do entroncamento da Rua Américo Mattei com a Governador Agamenon Magalhães está na bronca com as reformas inacabadas e estruturas provisórias que continuam no trecho.
A reclamação parte do dentista Rafael Pinheiro Ferreira, que mora em um sobrado localizado exatamente na esquina da Américo Mattei com a Agamenon Magalhães. Ele conta que durante a execução da obra, sua calçada foi diminuída por causa do alargamento da pista e, com a mudança, seu canteiro ficou completamente destruído. “Deixaram alto e cheio de terra. Começaram a tentar arrumar e a plantar grama, mas logo no início da reforma falaram que não tinha mais grana. Um absurdo completo”, reclama.
Rafael ainda conta que os operários da obra destruíram o acesso ao portão principal de sua casa e não arrumaram conforme o acordado. “Quando vimos, os trabalhadores estavam fazendo uma escada horrível, o que atrapalhava a entrada da minha vó, que na época era viva. Só tivemos dor de cabeça com essa obra”, desabafa.
O dentista conta que após reuniões com os responsáveis pela obra e representantes da prefeitura de Curitiba ficou decidido que a família ia arcar com a obra de melhoria do canteiro para depois a administração municipal ressarcir. “Lógico que não foi isso que aconteceu. Fizemos tudo com dinheiro do nosso bolso. Gastamos cerca de R$ 2.600. Mandamos as contas para os responsáveis e até agora nada. Nenhum resposta desde outubro”, lamenta Rafael.
No outro lado da Rua Américo Mattei, o empresário Jorge Jacob reclama de um corrimão feito vergalhões de aço instalado numa calçada elevada em frente ao muro de sua empresa. “Isso não tem cabimento. Não tem segurança nenhuma. Falaram que ia ser temporária, mas está aí há meses. E ninguém vem aqui pra dar uma olhada e ver o que pode ser feito. Além disso, em um dos lados da Américo Mattei, só foi instalado uma tampa de bueiro, que lógico não está dando conta”, afirma.
Apurando
Procurada pelos Caçadores de Notícias, a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP) diz que está apurando o que aconteceu no caso da casa de Rafael. Segundo o órgão da prefeitura, o acordo com o morador teria sido feito pelo engenheiro da empresa que executou a obra. “A SMOP não ordena a realização de obras para depois ressarcir”, diz nota enviada à Redação.
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