Computador, televisão e outros eletrodomésticos que não funcionam mais são bastante esperados pelo comerciante Paulo César de Almeida, 37. Há 15 anos, ele faz do lixo eletrônico fonte de renda, ao mesmo tempo que evita de esses materiais contaminarem o meio ambiente.
Almeida é proprietário da empresa que recicla eletrônicos e dá destino final para os produtos. Em alguns casos, a televisão velha ou o computador que não funciona mais são doados ou é feita negociação para a compra do produto. Cada item é desmontado e os diferentes materiais são separados. Plástico, vidro, ferro, cobre, placas e fios são destinados a outras empresas, que dão novos usos a eles. Por mês, passam pelo local 30 toneladas de materiais.
Rede
“Vai tudo para seu destino e assim a gente evita que fique no meio ambiente”, diz o comerciante, que trabalha em uma rede que envolve pelo menos seis empresas que compram os materiais e outras que fornecem os eletrônicos. Além disso, Almeida conta com o trabalho da família: esposa, mãe, tio e sobrinha. “A gente gosta do que faz”, comenta a esposa Eliane Fagundes, 40.
Efeitos da crise
A relação de Almeida com a reciclagem começou no ano 2000, depois que ele trabalhou em uma oficina e, após a crise econômica, investiu na venda de ovos. Começou a trabalhar com sucata e, em pouco tempo, percebeu o potencial dos eletrônicos. Agora sente novamente os efeitos de mais uma crise econômica.
“De outubro pra cá o volume caiu pela metade. As empresas não estão mais trocando de equipamentos ou estão mandando os funcionários embora”, avalia. Desde que entrou no ramo, de 2009 a 2012 foram os com maiores negócios em Curitiba e região metropolitana. Com a leve queda e o aumento de outros empreendimentos com o mesmo foco, o negócio expandiu para o interior do Paraná e agora segue para outros estados. Mais informações pelo telefone: (41) 3378-9584.