Cansados dos constantes assaltos, os comerciantes do Sítio Cercado aderiram à tecnologia para criar grupos no Whatsapp e repassar instantaneamente informações entre eles e a Polícia Militar. A ideia já existe em outros bairros, onde a agilidade dos grupos do aplicativo contribuiu para redução dos furtos. Mas pela grande concentração de lojas, e devido aos grupos possuírem limites, a previsão é de que ao menos seis grupos distintos sejam criados pela Associação de Comércio e Serviços da Região Sul (Comersul).
O maior problema relatado pelos comerciantes é a falta de impunidade dos assaltantes. “São sempre os mesmo figuras que assistimos agir. E ficamos de mãos atadas. Decidimos nos organizar pra dificultar a ação dos bandidos. Quando um assalto ocorre, o comerciante repassa para o grupo informações e características pra que todos fiquem alertas”, explica o presidente da Comersul, Carlos Mori.
Novos grupos
Com o grupo da Rua Izaac Ferreira da Cruz lotado, a ideia é criar mais um para atender a todos os comerciantes. O mesmo deve ser feito para quem possui lojas nas ruas Eduardo Pinto da Rocha e São José. “São muitos comerciantes e para que ninguém fique de fora estamos criando dois grupos por região. Também disponibilizamos para a Polícia Militar um celular em que essas informações estarão sendo enviadas diretamente para alguém de plantão”, afirma.
Patrulha do comércio
Para dar uma resposta aos comerciantes, o bairro conta com um efetivo da polícia destinado a atender às muitas ocorrências da região. O Sítio Cercado é o bairro onde episódios de roubos são mais recorrentes dentro da área de cobertura do 13º Batalhão da PM. “Atuamos junto aos comerciantes dando dicas de prevenção a assaltos, como o comerciante pode reduzir sua exposição e vulnerabilidade. Essas dicas incluem a organização entre eles, e esse contato mais próximo com a polícia. Nesse trabalho, os mesmos policiais realizam esse atendimento. Com isso eles criam um laço maior com a comunidade, o que torna o serviço mais ágil e eficaz”, conta o coronel Carlos Eduardo Assunção.
Mas ele reforça que o principal contato da polícia permanece o 190. “É importante que as pessoas utilizem nosso número, pois é o principal canal de nos informar o que ocorre. É através das denúncias e boletins de ocorrência que o trabalho da polícia é pensado”, orienta.