Pela primeira vez na programação conjunta da RPC, Tribuna e 98, o Justiça no Bairro realizado na Rua da Cidadania do Bairro Novo foi sucesso. Direcionado à população economicamente vulnerável, com resolução imediata de questões consensuais, filas enormes se formaram e o atendimento fez com que muita gente saísse de lá com suas necessidades atendidas.
Entre os atendimentos mais procurados, estavam a separação consensual de casais e o casamento. Quando soube que poderia ser o momento certo para casar, João Antunes Domingues, de 78 anos, correu para casa e buscou Jandira de Oliveira, de 40. “Estamos juntos há três anos e ele me enrolava”, brincou a mulher, que conheceu o noivo quando veio de Apucarana, no Norte do Paraná.
“Nós dois esperávamos muito por este momento, mas por não termos condições de oficializar, continuávamos a protelar. Mas hoje foi a hora certa”, contou João. A documentação fornecida pelo projeto dá o encaminhamento direto ao cartório e isenta custos. Para não precisar pagar, no caso dos casamentos, os interessados devem ter renda máxima de dois salários mínimos cada um.
O destaque dessa edição do projeto foi o exame de DNA. Este é o único atendimento pago no projeto, ao custo de R$ 200, bem inferior ao praticado em clínicas. “Essas pessoas que chegaram, as duas partes envolvidas, com os documentos necessários para fazer divórcio e reconhecimento de paternidade, por exemplo, saíram com a documentação pronta, só para ir ao cartório”, citou a desembargadora Joeci Machado Camargo, idealizadora e coordenadora do Justiça no Bairro. O projeto também prestou orientação jurídica gratuita.