Cadê a calçada?

Foto: André Rodrigues

A Rua Quitandinha foi a via escolhida no Sítio Cercado pra virar calçadão, promessa da prefeitura desde 2013.

As vantagens são inúmeras: humanizar o espaço, criar ponto de encontro pra comunidade local, aumentar a circulação de moradores da região, gerar a sensação de pertencimento, tornar o local mais atraente pras atividades de comércio e serviços, aumentar a segurança”, enumera o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), que realizou os estudos técnicos e selecionou o local.

Segundo o órgão, a via foi escolhida de acordo com a vontade da comunidade.

“Ainda não existe prazo pra implantação do calçadão, pois dependemos da liberação de recursos. O próximo passo será a realização de um concurso pra elaboração do projeto. A data de lançamento do concurso também não está definida”, explicou, em nota.

Controvérsias

O fechamento da rua pra tráfego de carros descontenta comerciantes. Valmir Rinaldi, proprietário de um sacolão na esquina da Quintandinha com a Rua Palmas, não aprova o projeto. “Meus clientes querem vir com carro, se não puderem vir, vão comprar em outro lugar. Nós reunimos os comerciantes da região, fizemos um abaixo-assinado contra o fechamento pra carros e levamos para o prefeito”, afirma.

Ele acredita que, caso sejam instalados bancos no calçadão e estrutura de praça, moradores de rua e usuários de drogas passarão a frequentar e dormir no local.

O povo está dividido

“Clientes querem vir de carro, se não, compram de outro”, diz Valmir. Foto: André Rodrigues.
“Clientes querem vir de carro, se não, compram de outro”, diz Valmir. Foto: André Rodrigues.

O Ippuc estudava outras duas possibilidades: ruas Rancho Alegre e Pastor Waldomiro Bileski. Dono de um bar na Rancho Alegre, Edson Raghatieri acredita que o fechamento atrapalharia o comércio. “Todos meus clientes vêm de carro, chega quarta-feira, a rua fica cheinha de carro estacionado do pessoal que vem ver o jogo de futebol. Se fechar a rua, perderemos o acesso à Izaac Ferreira da Cruz”.

Já na Pastor Waldomiro Bileski, o fechamento pra carros é uma antiga demanda da direção da Escola Municipal Bairro Novo do CAIC Guilherme Lacerda Braga Sobrinho, cuja entrada fica na via.

“Ajudaria na disponibilidade do espaço para circulação dos alunos e familiares. É um pedido que a escola faz já há alguns anos, porque a rua é usada pelos motoristas como atalho pra chegar à Avenida São José dos Pinhais, que tem grande movimento”, diz o vice-diretor do CAIC, Everton Luiz Camargo.

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