Acertando as contas

Acertando as contas. Foto: Felipe Rosa.

Cada metro quadrado conta. Os comerciantes do Sítio Cercado sabem muito bem disso e, utilizam cada espacinho disponível para ampliar seus negócios e atender cada vez melhor a clientela.

Carlos Mori, da Comsersul, quer anistia pra regularizar imóveis de lojas. Foto: Felipe Rosa.
Carlos Mori, da Comsersul, quer anistia pra regularizar imóveis de lojas. Foto: Felipe Rosa.

Mas a prefeitura de Curitiba também notou que a ocupação do espaço físico na região atingiu taxas que comprometem o futuro urbanístico; encontrar estacionamento fora das ruas e áreas de solo permeável, por exemplo, são cada vez mais raros, Por isso, a criou um projeto para regularizar os imóveis. Mas, como cobrar e como pagar por tais ajustes?

De um lado, a Secretaria de Urbanismo, tem feito uma espécie de “raio-X de toda a cidade para verificar quais os principais problemas e, a partir daí, propor soluções. Entre elas, podem estar exigir adaptações físicas, o pagamento de contrapartida em potencial construtivo ou combinações dessas propostas.

O estudo preliminar da prefeitura indica que pelo menos 77% construíram além dos 50% permitidos nos terrenos. “Sabemos que grande parte dos proprietários destes imóveis errou na maneira que construíram, mas também temos consciência que prefeitura fiscalizou ou aplicou a lei no momento certo. O que queremos é a anistia de valores para as construções edificadas irregularmente até o início de 2011”, diz o presidente da Associação de Comércio e Serviços da Região Sul de Curitiba (Comsersul), Carlos Mori. São pelo menos 3,2 mil estabelecimentos comerciais e 1,7 mil de serviços que, juntos, movimentam 82,4% da economia da região.

Foto: Felipe Rosa.
Clientes usam espaços de forma irregular para ampliar seus negócios. Foto: Felipe Rosa.

Nada ainda, contudo, foi definido, adianta o secretário de Urbanismo Reginaldo Cordeiro, que descarta anistia total. “Precisamos chegar a uma fórmula compatível a cada região Queremos chegar a situações benéficas, tanto para a prefeitura, que arrecada e reverte novamente para o bairro, em equipamentos públicos e também para os comerciantes, resolvendo suas irregularidades.”

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