Ele carrega consigo uma história de superação e, junto disso, traz também multidões de outras histórias. Padre Marcelo Rossi, que já passou por momentos ruins em sua trajetória, sabe o quanto uma palavra ou um abraço num momento difícil pode fazer a vida de uma pessoa mudar completamente. Em São José dos Pinhais, nesta terça-feira (7), muita gente madrugou na fila para o lançamento do novo livro do padre, que trata sobre os males atuais, como a ansiedade e a depressão.
A elaboração do livro, chamado de Metanoia, se deu a partir de sua própria experiência. “A cura da depressão é um desafio, precisa ser acompanhada por médicos, mas também se dá pela fé. Essa doença, que pode voltar assim como o câncer, tem cada vez mais atingido as pessoas, até mesmo crianças, por conta desse mundo ansioso em que vivemos, com excesso de informação”, comentou o padre em entrevista à Tribuna do Paraná.
Em seu novo livro, padre Marcelo Rossi propõe que as pessoas vivam o mundo sem se prender às coisas desse mundo e que se desprendam cada vez mais da ansiedade, que é algo visto por ele como um mal do século. “Por isso o nome Metanoia, que vem do grego e significa mudança profunda e radical da mente. Juntei essa questão ao wifi, que atualmente é o que mais as pessoas procuram, e transformei em wi-fé, que pode ser considerado como o sinal de Deus para nós”.
Fila enorme
Em pé, ele começou a atender aos fieis que chegaram cedo, muito cedo, e a fila que se formava ultrapassava um dos andares do Shopping São José. “Por volta das 5h eu já estava no estacionamento esperando. Vou a todos os lugares que sei que ele vai passar, pois uso os meus encontros e os livros que pego como uma forma de ajudar as outras pessoas, sempre passo para frente e busco fazer minha parte”, contou Maria das Dores dos Santos Gouveia, 78 anos.
A mulher, que é de São Paulo e foi a primeira da fila, já é até conhecida do sacerdote, que disse se emocionar quando a encontra. “Vejo nela algo muito importante nessa busca pela evangelização e me emociono com isso”, comentou Marcelo Rossi.
Testemunho de fé
Na fila, também entre os primeiros lugares, estava a família de Elidiane Escher Sipper, 31. A mulher, que descobriu que não poderia ter filhos por conta de uma trombose, atribui ao padre o nascimento do pequeno Rafael, hoje com quatro anos. “Os médicos disseram que se eu engravidasse, o bebê ou eu morreríamos. Quando estava no começo da gestação, fui até o padre e pedi a bênção. Ele sentiu que seria um menino e me pediu para dar o nome de Rafael. Meu filho nasceu saudável e hoje foi ele quem me pediu para ver o padre”, contou Elidiane.
Rafael emocionou o padre ao entregar, em mãos, uma carta feita por ele. “Estarmos juntos perto dele é muito gratificante. Vejo no padre uma pessoa de muita luz, uma pessoa muito preciosa, e acredito que as pessoas precisam saber destes testemunhos para que reforcem sua fé”.
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