Um velho fantasma continua apavorando os arredores do Cemitério Municipal, no São Francisco. Ele ataca de madrugada e perturba o sono de moradores e comerciantes da região. Mas não vem dos túmulos logo ao lado, nem se trata de nenhum efeito paranormal.
Quem vive por ali tem medo mesmo é dos prejuízos e da poluição visual causados pela pichação. É quase impossível encontrar muro, parede, janela ou porta que não esteja coberto pelos rabiscos de tinta spray. “Pelo menos uma vez por mês tem que pintar tudo. O pior é que eles quebram telhas, amassam as portas…”, diz Airton dos Santos, proprietário dos Sorvetes Gaúcho.
O problema não é novidade no bairro. Desde os anos 1980 a queixa é comum na comunidade. Mas até agora não apareceu nenhuma solução e a situação é cada vez pior. A nova tentativa, lançada em janeiro, é um convênio assinado entre a Associação Comercial e a prefeitura, que promete redobrar os esforços da Gurada Municipal no combate aos pichadores.
As fotos são de Felipe Rosa.