A última chuva forte que caiu sobre Curitiba causou um estrago dos grandes na esquina das ruas Francisco José Gomes Ribeiro e José Cechelero, no Santo Inácio. Há cerca de um mês e meio, o volume de água fluindo pelas galerias pluviais fez com que as estruturas cedessem, provocando um deslizamento de terra que levou meio-fio, placa de trânsito e bocas de lobo barranco abaixo. Na curva, abriu-se uma cratera, sobre a qual ficou pendurada a cerca que delimitava o terreno.
A área é registrada como reserva, por ter mata nativa. Bem em frente, mora a compradora Regina Marilza Morais, 38 anos. Ela e o marido se preocupam com o perigo de motoristas e pedestres desavisados acabarem caindo no buraco. “Qualquer hora vai vir uma moto pra fazer a curva e acabar passar reto. Volta e meia tem crianças da vizinhança brincando de bola aqui na beira”, diz Regina.
Seu marido, Marcelo Pinto da Rocha, procurou a Defesa Civil e várias secretarias da prefeitura, e por fim recorreu a vereadores. “Várias equipes já vieram aqui olhar. Por fim o Toninho da Farmácia disse que viria uma máquina pra arrumar, mas até agora, nada.” Marcelo tem receio de que haja outras chuvas fortes que acabem erodindo ainda mais o local.
O vizinho Antônio Augusto Ladanivski, porteiro, 46, conta que logo após o deslizamento, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) esteve no local e colocou cones e objetos de sinalização.”Mas os cones sumiram, alguém deve ter roubado. Essas placas quem deixou aqui foi um morador, pra chamar a atenção”, conta. Ele observa que após a ocorrência a rua ficou ainda mais estreita. “Felizmente não teve nenhum acidente.”
Prioridade
De acordo com a prefeitura, as fortes chuvas que caíram em Curitiba produziram deslizamentos de terra e abertura de crateras em vários locais da cidade, problemas que estão sendo solucionados pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP). “Há um cronograma de obras prioritárias para serem realizadas pelo Departamento de Pontes e Drenagem e a intervenção no Santo Inácio é uma delas. Porém o atendimento não será imediato porque o maquinário e equipe especializada executam serviços no Mossunguê. Assim que disponibilizada essa força de trabalho, terão início as ações no Santo Inácio”, informa, em nota enviada à Tribuna. A previsão é que a intervenção ocorra apenas em julho.