Arte em trânsito

Do Santa Quitéria para o Brasil. Este é o roteiro da GG Proarte Cia de Teatro, que faz sucesso entre as crianças com a peça Calota e Gasolina em Trânsito, de educação no trânsito. Dos quatro integrantes da companhia, três fazem parte da mesma família. Além dos laços sanguíneos, eles compartilham o amor pelo palco.

A companhia é itinerante e já se apresentou em vários estados do país, especialmente da Região Sul. Em uma escola, na sede de uma associação ou em um salão paroquial, o cenário é montado e a dupla de atores alerta, de maneira didática, sobre a importância do respeito ao próximo, seja pedestre, motorista ou ciclista.

“São coisas que parecem tão básicas, mas não são. As pessoas precisam se lembrar disso e nada melhor do que os pequenos aprenderem o quanto é importante”, afirma Nilcéia Campolim, 42, responsável pela sonoplastia da peça. Em meia hora, eles mostram às crianças a necessidade de usar itens importantes, como cinto de segurança, cadeirinha (no banco de trás do carro) e capacete. “Depois da peça, as crianças falam que vão avisar em casa o que pode e o que não pode fazer. São coisas que ficam guardadas com elas e isso faz toda a diferença”, destaca.

A preocupação com a qualidade, diz ela, é a mesma independente do público. A companhia cobra pelos ingressos e o preço médio é R$ 20 por espectador, mas em escolas mais carentes a contribuição chega a ser mínima. “Como somos itinerantes, nossa intenção é levar o teatro de qualidade e a preço acessível para todos que possam assistir”, comenta.

Mais trânsito

Foto: Felipe Rosa.
A companhia é itinerante e já se apresentou em vários estados do país. Foto: Felipe Rosa.

Há 12 anos com a peça, a companhia pretende investir em uma nova produção, seguindo a mesma temática. “Estamos procurando outro texto, com a mesma qualidade e com a mesma pegada, no trânsito. Isso precisa ser mais aprofundado”, revela Nilcéia.

Em família

No palco, pai e filho, os atores Antonio Carlos Candido, 55, e Yvan Candido, 20, encenam o texto escrito por Pedro Moreira. Completa a companhia o produtor Gelson Schimanski. O amor pelo teatro começou com Antonio Carlos, que incentivou a esposa a também investir nas Artes Cênicas. Desde pequeno, o filho Yvan acompanhava os pais nas peças e não demorou para que também começasse a atuar. O grupo deve aumentar em breve, pois a caçula da família já demonstrou interesse em seguir no ramo.

Reduto cultural

Além da família Campolim, outros atores também escolheram o Santa Quitéria como lugar para viver. Coincidência ou não, outras três companhias estão sediadas no local: Neiva Camargo Produções, Jane D’Avila e o Teatro Paranaense de Comédias. Algumas delas já não estão mais ativas, mas tiveram atores importantes. “Acho que é a energia, que veio um grupo e depois os outros. Aqui também é um lugar fácil para se locomover, perto de tudo e isso ajuda bastante”, avalia Nilcéia.

Leia mais sobre Santa Quitéria.

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