Não pode parar! Esta é a única observação feita pelos fiéis consumidores do Mercadão da Família no Jardinete Vera Vargas, no Santa Quitéria. Há quatro anos ininterruptos, em quase duas décadas de programa, o Ligeirinho adaptado estaciona no local a cada quinze dias e, durante uma hora, vira o principal comércio da região pra quem busca itens básicos de higiene e alimentos não perecíveis. Os valores são até 50% inferiores aos de mercados convencionais. O programa também poupa os beneficiados de gastarem com deslocamento.

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A coordenadora da unidade móvel do Mercadão da Família, Roseni Aparecida dos Santos Vilela, aponta que em muitos dos lugares atendidos a população idosa é um dos públicos mais presentes. “O fato de estarmos próximos às residências dos cadastrados e com produtos mais em conta acaba ampliando os benefícios do programa, pois muitos têm dificuldades de locomoção em função da idade”, constata.

“Melhorou a qualidade da alimentação de todo mundo”, conta Luci. Foto: Gerson Klaina.

É o caso da aposentada Adinora da Rosa Gomes, 80 anos, que tenta suprir as necessidades da família com uma compra por mês. “Consigo levar praticamente tudo que preciso em uma única compra, assim, canso menos e economizo, porque comprar picado cansa mais”, explica. Ela aponta que o único inconveniente do programa é o recadastramento anual. Uma parte do público atendido no ponto do Santa Quitéria precisa se deslocar até a Rua da Cidadania de Santa Felicidade pra atualizar o cadastro. A carteirinha é emitida após uma análise da renda familiar e a Secretaria Municipal de Abastecimento faz visita domiciliar pra confirmar os dados.

“Dá trabalho, mas compensa, pois comida não falta na minha casa. Houve um período que ficamos sem o programa e mal dava para encher duas sacolinhas com o valor que gasto aqui” afirma Adinora. “Melhorou a qualidade da alimentação de todo mundo e aliviou o bolso. Neste ano de tantos aumentos, nem sei o que faria se tivesse que fazer as compras nos mercados convencionais”, avalia a aposentada Luci Terezinha Gerber, 63.

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A satisfação é tamanha que frequentemente a coordenadora e o motorista do ônibus, Stévis Cordeiro, são presenteados. “São muitos anos com eles, já nos sentimos parte da vida dessas pessoas e eles agradecem com bombons e muito carinho”, explica Roseni.

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