Praças da Espanha, da Ucrânia, do Japão. O Bosque do Papa tem o Memorial Polonês. Marcos que exaltam a herança dos imigrantes na formação de Curitiba se espalham pela cidade. Falta um que represente a colônia italiana, defende a economista e administradora pública Jakeline Zampieri, 49 anos, moradora de Santa Felicidade.
O bairro preserva os ares de herdeira da Itália, na fartura de seus restaurantes e nos sobrenomes das famílias. Por isso, é considerado o lugar ideal para sediar um local que homenageie o país e os que de lá vieram. Além de cumprir uma espécie de débito com essa “buona gente”, resgataria a cultura de Santa Felicidade, alavancando sua economia pelo turismo.
Desde 2011, Jakeline se dedica a pensar a revalorização turística do bairro em que cresceu, desde que chegou, aos 9 anos, vinda de Pato Branco, sudoeste do Paraná. Neta de italiano e identificada com a cultura ítala, quer adeptos seja na esfera pública ou privada para construção de um Museu Italiano, que inclua a réplica de um dos navios que trouxeram os imigrantes daquele país para o Brasil.
“Meu foco é em ações na Avenida Manoel Ribas, especialmente no trecho entre a rotatória e os restaurantes. O objetivo é intensificar os valores do pitoresco, do típico. Trazer o turista para desfrutar não só de um bom almoço, mas outras atrações. Quero contribuir um pouco para a mudança das mentalidades locais”, fala.
Ela também propõe a criação de um marco turístico e o calçamento em paralelepípedos do trecho de 1,4 quilômetro. Quer reunir os empresários para se engajarem em um trabalho conjunto adoção padrões de qualidade e caracterização étnica na região.
Benefícios além do bairro
Não só Santa Felicidade ganharia com investimentos conjuntos para fortalecer o turismo no bairro, diz Jakeline. “O turismo é uma indústria limpa e que tem benefícios se refletindo em toda a cidade”, diz.
A conta é simples: quanto mais atrativos o turista encontrar em Curitiba, mais tempo passará na cidade, gerando mais renda.
“Tenho tentado parcerias para ampliar o projeto para a região de Campo Magro, estendendo as opções a quem vier visitar Santa Felicidade”, conta a economista.
Participe!
A economista tem interesse em receber sugestões para o projeto e propostas para viabilizá-lo. Para isso, criou o e-mail santafelicidadeonline@gmail.com
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