[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=7eLJ3cvOCKQ[/youtube]Em frente ao terminal Santa Cândida, há uma enorme placa que informa sobre a revitalização e ampliação do equipamento, em curso desde maio de 2012. Segundo o aviso, a data para término das obras seria fevereiro de 2014. Do lado de fora, ainda se vê patrolas em operação e materiais de construção. O subsolo do terminal está interditado, com a passagem bloqueada, e os estabelecimentos comerciais permanecem fechados.
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Obra era pra ter sido entregue em fevereiro de 2014.
Foto: Felipe Rosa.

Nesses quase quatro anos de reforma, os usuários passaram por diversos transtornos. Da última vez que a Tribuna esteve no local, em dezembro de 2015, havia plataformas interditadas. Atualmente, as três alas operacionais de transporte estão funcionando, mas o espaço de embarque e desembarque ficou restrito durante muitos meses, causando aglomeração.

“No horário de pico, quem ia pegar o biarticulado tinha que fazer fila na rua. Não tinha lugar pra sentar, eu chegava cansada do trabalho e sentava no chão. Assim que abriram a plataforma da direita, alagava tudo quando chovia, o povo molhava”, relata a auxiliar de serviços gerais Adivonete Socorro Dias, 34 anos. “Pelo menos agora já está melhor. O banheiro ficou muito bom”, pondera.

A doméstica Ivonete Costa, 65, estava desorientada com a mudança dos pontos para embarque. No último sábado (13), foi aberta a plataforma da esquerda, de número 1, e alguns dos pontos migraram para lá. “Durante essas obras tinha hora que era horrível. O ponto mudava toda vez de lugar. A gente desembarca e não sabe pra onde ir, é uma confusão”, reclama. Pelo terminal, há avisos sobre a mudança dos pontos com um mapa, indicando onde embarcar em cada uma das 12 linhas.

O comércio faz falta no local. “Quando tenho que comprar alguma coisa, compro no terminal do Maracanã [em Colombo], porque sei que aqui não tem”, diz a aposentada Carmem Silva, 72, mostrando uma sacola com verduras. O equipamento nem foi reinaugurado e já há queixas sobre a nova estrutura. “O telhado é novo, mas já tem goteira”, observa a aposentada Carola Medina, 65. “Agora o espaço melhorou, mas antes, as filas do Ligeirinho e do Interbairros ficavam uma em cima da outra. Está muito demorada essa reforma.”

Carola ainda tem reclamações. Foto: Felipe Rosa.
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Atrasos

A prefeitura de Curitiba informa que o único setor interditado no terminal é o subsolo, que serve como túnel de passagem e vai abrigar uma área comercial. Para a entrega, faltam serviços de acabamento, como conclusão da parte elétrica, instalação de forro no teto com luminárias e do elevador, acabamentos nos banheiros e esquadrias metálicas dos espaços destinados aos permissionários.

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Na parte de cima, que foi ampliada, a parte operacional está toda em funcionamento. Lá, a promessa da prefeitura é que será implantado o Sacolão da Família, programa da Secretaria Municipal de Abastecimento, ainda no primeiro semestre de 2016.

A conclusão total da obra não tem data prevista. A Secretaria Municipal de Obras Públicas busca um entendimento com a empreiteira para garantir a entrega. Conforme a pasta, a causa do atraso é a morosidade da empresa responsável pela execução da obra, a Empo Ltda, que foi multada seis vezes pela administração municipal. A reforma do terminal entrou no pacote do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de 2014 e teve diversas datas de previsão de entrega desde seu início.

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