Jeferson nasceu com paralisia cerebral. Tem 15 anos e só consegue andar com a ajuda da mãe, Edicleia. Mesmo com as dificuldades de locomoção, os dois sempre conseguiram se virar. Só que, nos últimos anos, a tarefa ficou ainda mais difícil. Os pés de Jeferson começaram a atrofiar.
“Nenhum dos pés abaixa mais, agora ele fica na ponta dos pés e a perna também não está boa. Não sei mais o que fazer. Isso já tem uns três anos. Já tentei procurar médico especializado, um ortopedista mesmo, mas não consigo. Nunca tem”, diz Edicleia Borges da Silva.
A família humilde, moradora de Piraquara, é composta ainda por mais cinco crianças e pelo pai, que trabalha como pedreiro.
“Infelizmente o serviço anda fraco e meu marido tem feito pouca coisa. Já tem uns oito meses que é muito raro aparecer trabalho. Por enquanto ele está conseguindo nos manter, nunca nos deixou faltar nada, mas a situação está bem apertada e a gente não sabe até quando vamos conseguir contornar esse problema”, desabafa.
Para conseguir exercer a função de diarista, Edicleia precisa de uma escola gratuita em período integral para o filho. No entanto, só saberá no próximo mês se vai conseguir isso.
O medicamento que ele precisa, a saúde pública fornece, mas o custo maior fica pelas fraldas. “Ele usa muito, então para nós é sempre uma despesa grande”.
Medo do futuro
“Hoje o meu maior medo é ver meu filho em uma cadeira de rodas. Eu vejo que é isso que vai acontecer se nada for feito. Eu estou desesperada por ajuda médica e ainda tenho esperança de que esse problema dos pés dele seja resolvido. Não quero que ele fique em cima de uma cama, sem poder andar”, relata Edicleia.
Um natal para os pequenos
A mãe de seis filhos diz que sonha em ver um natal completo para a família. “Eles nunca ganharam presentes, então eu acabo não tendo vergonha em pedir. Seria ótimo se todos tivessem ao menos uma lembrancinha ou um brinquedo. Como nós não temos condições de pagar por isso, eu não vejo mal em pedir ajuda”, admite.
Além de Jeferson, 15 anos, são três meninos (de 1, 5 e 16 anos) e duas meninas (de 8 e 12 anos).
Quer ajudar?
Edicleia – (41) 99114-3788