Óleo de cozinha usado que é reciclado, se transforma em dinheiro e ajuda a custear um centro de educação infantil. Estas iniciativas interligadas, pensadas com o objetivo de garantir o bem-estar da comunidade e a preservação do meio ambiente, são alguns dos projetos mantidos pela Associação Missionários Servos dos Pobres, entidade que tem como cogestora a Ação Social São Marcos. Na Rua Roberto Gava, no Pilarzinho, quase que lado a lado, estão sediados os projetos principais da Ação Social São Marcos o gerenciamento solidário de resíduos de óleo vegetal EcoSolidariedade e o Centro de Educação Infantil Conveniado Alfonsa Farruegea Graceffa – CEI Vovó Alfonsa.
Reciclagem
No EcoSolidariedade chegam diariamente litros e mais litros de óleo de cozinha, vindos de residências, bares, restaurantes e lanchonetes de Curitiba. O material é trazido diretamente ao local pela comunidade ou recolhido nos mais de 20 pontos de coleta espalhados pela cidade. Nas dependências do EcoSolidariedade, o óleo utilizado nas frituras é filtrado, reciclado e vendido para indústrias que fabricam biodiesel, combustível usado em parte da frota de ônibus da capital.
Segundo o presidente da Ação Social São Marcos, o diácono Antônio Alves Pereira, 64 anos, o projeto de coleta de óleo foi criado há cerca de dois anos. “O projeto nasceu com a proposta de que este óleo não retorne ao meio ambiente, o intuito é ajudar a preservar o meio ambiente, evitando que as pessoas despejem este óleo no ralo, ou em bueiros, de maneira incorreta”.
Para o responsável pela coleta do EcoSolidariedade, João Carlos Juir, 52, é uma satisfação poder trabalhar com algo que ajuda a proteger a natureza. “Sei que estou cuidando do meio ambiente, evitando que os rios sejam afetados. Um litro de óleo pode contaminar mais de 20 mil litros de agua potável. E aqui já coletamos e reciclamos mais de 100 mil litros de óleo”, destaca. Mensalmente, são vendidos até 4 mil litros de óleo.
Cuidando dos pequenos
A poucos metros do centro de reciclagem de óleo vegetal fica o CEI Vovó Alfonsa, fundado pela Ação Social São Marcos em 1973. Lá, cem crianças com idades entre dois e cinco anos, divididas em quatro turmas, participam das atividades educacionais e recreativas em tempo integral, das 7h às 17h30, enquanto seus pais trabalham.
Para matricular seus filhos no CEI Vovó Alfonsa, os interessados devem procurar a instituição para fazer uma solicitação de vaga e antes de efetuarem a matrícula, precisam passar pelo encaminhamento, que é feito por uma unidade de saúde da rede municipal.
Para o diácono Antônio Alves Pereira, que também é responsável pelo CEI, manter as portas abertas é um desafio mensal, já que as verbas vindas da prefeitura não dão conta de todas as despesas, que incluem manutenção do prédio, salários de 18 funcionários, entre outras necessidades.
“Felizmente contamos com a mantenedora e com a ajuda que vem do projeto EcoSolidariedade, mas, este dinheiro não possibilita que possamos realizar tudo o que desejamos. Agora, por exemplo, pretendemos ampliar a cozinha e o refeitório das crianças, mas para que isso vire realidade, precisamos da ajuda da comunidade ou de empresários, que podem deduzir o valor doado para a obra do imposto de renda das empresas”.
Clube de Mães
Para as mulheres da comunidade ainda há a possibilidade de participar do Clube das Mães da Paróquia São Marcos. Todas as quartas-feiras elas se reúnem no salão paroquial para fazer artesanato, conversar e realizar outras atividades de convivência social e religiosa.
Serviço
Ação Social São Marcos – Pilarzinho
Paróquia São Marcos: Rua Roberto Gava, 310 (41) 3338-4450
EcoSolidariedade: Rua Roberto Gava, 360 Coletas (41) 3338-4450 e www.ecosolidariedade.org.br
CEI Vovó Alfonsa: Rua Roberto Gava, 410 (41) 3338-3900