O problema já é conhecido, mas só piora. O engarrafamento no Viaduto do Orleans e os transtornos na região fazem com que quem mora próximo ou passa diariamente pelo local torça para que as melhorias saiam logo do papel.
“É uma loucura. Principalmente no horário de pico, temos que esperar o sinal abrir e fechar quatro, cinco vezes até conseguir atravessar”, comenta o autônomo José Alves, 57. O local é bastante procurado pelos motoristas por ser um dos únicos que liga o Campo Comprido a Santa Felicidade, além de servir de acesso para os dois sentidos da BR-277.
O congestionamento se estende por toda a região. Além do viaduto, ficam intransitáveis o início da Avenida Vereador Toaldo Tulio, as ruas João Falarz e Virgínia Dalabona e os acessos para a rodovia. “Ainda tem gente que tranca a yellow box, aí complica tudo”, diz José.
Alargamento
Para o taxista José Cordeiro de Andrade, 68, que trabalha na Rua Virgínia Dalabona há 30 anos, a solução está no alargamento do viaduto. “Até o semáforo vai funcionar melhor. No horário de pico, é um salve-se quem puder”, observa. O estofador Noe Fernandes, 47, acredita que a construção de novos acessos para a BR também pode amenizar o problema. “Não temos muitas opções. Muitos motoristas vêm até aqui só pra isso, mas os acessos são restritos”, avalia ele. Noe observou que o movimento aumentou bastante nos últimos dez anos.
Soluções a partir de julho
A Câmara aprovou a sugestão do vereador Mauro Ignácio de duplicar o viaduto e contemplar a obra na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016. Já o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informou que os estudos para intervenções de “curto prazo” na área estão em andamento e devem ficar prontos até julho.
O Ippuc afirmou ainda que “está desenvolvendo um estudo bem mais completo para melhorias no viaduto do Orleans”, que integra o terceiro anel viário e é considerado um grande gargalo para a circulação de veículos na região. “Como se trata de uma região de grande interesse para a cidade de Curitiba, o estudo do viaduto do Orleans deverá ser expandido para uma área de maior abrangência”, informou.
‘”Somente quando houver a conclusão dos estudos mais amplos é que poderão ser estabelecidos os prazos para a realização de todas as etapas de obras, assim como os orçamentos correspondentes a cada fase.”