Cada vez mais frequentes, os assaltos na Rua João Bonat, no Novo Mundo, assustam moradores e trabalhadores da região. Lojistas adotaram medidas extras de proteção para tentar diminuir a criminalidade.
A comerciante Jéssica Bettega conta que dois rapazes entraram na distribuidora de bebidas por volta das 20h da quarta-feira retrasada (23) e deram voz de assalto. “Um deles com aproximadamente 1,85 m de altura, pesando uns 80 kg, aparentava ter 25 anos, moreno claro. O outro parecia ser menor de idade, magro, com 1,65 m, moreno claro, nariz e rosto fino”. Segundo ela, no mesmo dia em que seu estabelecimento foi vítima dos marginais, houve relatos de dois assaltos no bairro, às 10h e 20h30, em que os envolvidos tinham características físicas semelhantes. Em função da ocorrência, passou a fechar o portão da loja no fim da tarde e atender os clientes pela grade.
Uma moradora da via, que preferiu não se identificar, contratou um segurança para inibir os criminosos. “Pensamos em cancelar o serviço, mas apesar da crise e do movimento baixo, optamos por continuar, pois é preferível pagar a correr o risco de morrer”. Assaltado três vezes em menos de um ano, o vendedor Sandro Troge ficou desconfiado. “Hoje a gente não consegue mais distinguir se alguém entra na sua loja para assaltar ou comprar, é um clima de insegurança generalizado”, desabafa.
O comandante do 13º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Carlos Eduardo Rodrigues Assunção, afirma que o policiamento é norteado principalmente pelos boletins de ocorrência. “Pode acontecer que eventualmente alguns desses eventos se repitam na região. Por isso a população deve estar ciente de que é importante fazer um BO, pois é uma maneira de contermos a criminalidade”.