A Rua Monsenhor Manoel Vicente, no Água Verde, tem uma espécie de vigilante. O contador Odilon Baggio Zanetti, morador da região, não hesita em questionar outros moradores ou pessoas de fora do bairro que insistem em deixar lixo nos fundos do cemitério. Um dos portões do cemitério é um dos locais preferidos dos “porcalhões”. “Tem gente que chega de carro e deposita lixo ali mesmo. Tem lixo de tudo quanto é jeito”, comenta. Não bastasse isto, muitos donos de cachorros deixam as fezes de seus animais espalhadas pelos gramados ao redor do cemitério. “Isto afeta diretamente os vizinhos de frente, com moscas e o cheiro ruim. As pessoas acham que podem tudo porque o terreno é público”, conta Zanetti.
O morador não para por aí. Ele ainda plantou diversas árvores próximas de casa, entre cerejeira, amoreira, pau-brasil, araucária, goiabeira, pitangueira e limoeiro. As árvores frutíferas estão com recados para que as pessoas deixem as frutas para os pássaros. “Nem todo mundo respeita e ficam pegando. Mas as plaquinhas estão aí”, afirma Zanetti.
Incentivo
Aos poucos, o contador conseguiu influenciar os vizinhos. Alguns ajudam na manutenção voluntária, não apenas da rua, mas também das casas. A residência de Zanetti é impecável, sempre com a grama cortada e os jardins limpos. “Cada um vai fazendo e depois os outros não querem ficar para trás. Com certeza tudo isto vai estimulando quem mora na região. Se todos cooperassem, independente do lugar, com certeza tudo seria melhor”, considera.