Nos últimos anos, moradores do Mossunguê acompanharam mudanças significativas no bairro. A principal é o aumento no número de edifícios que valorizou a região. Em dez anos, a taxa anual de crescimento populacional foi de 5,56% enquanto Curitiba registrou 0,99% e a população pede mais atenção por parte da administração municipal.
Saúde, saneamento básico e segurança são considerados bons serviços, mas para o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro Mossunguê, Ivo Antônio Rodrigues, outros elementos fazem falta. “Mossunguê é um dos bairros mais esquecidos”, critica.
A principal reivindicação é referente à educação. Há anos os moradores pedem a instalação de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) no bairro, já que o mais próximo está no Campo Comprido. “Temos fila de espera muito grande”, diz Rodrigues. De acordo com ele, a construção do novo equipamento é alvo de impasse.
Ambiente
A Secretaria Municipal de Educação já teria dado aval para a construção do centro na Praça Octávio Sylvio Nicco, mas a solicitação foi negada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. “Sabemos que isso já foi feito em outras praças, no Cajuru e no Bairro Novo. A praça tem mais de 5 mil metros quadrados e o CMEI só vai usar 1,2 mil metros quadrados”, argumenta. Outro pedido é que a Escola Municipal Walter Hoerner passe a ter ensino integral.
Procura-se terreno
A administração regional confirma que a Praça Octávio Sylvio Nicco foi indicada para construção do CMEI e a obra foi vetada pelo Meio Ambiente. “Um segundo terreno foi localizado no bairro e também não foi aprovado devido a problemas de inventário. A prefeitura continua procurando um terreno que tenha as condições necessárias que atenda às exigências de projeto para a construção de um CMEI para o bairro Mossunguê.” Em relação à Escola Municipal Walter Hoerner, a administração municipal informou que a instituição “dispõe de vagas para atender sua capacidade plena”. Não há, porém, previsão para o atendimento integral. “É realizado um contraturno escolar com ações pedagógicas (aulas de reforço) na escola.”
Trânsito e ginástica
A comunidade do Mossunguê pede também providências para melhorias no fluxo na Rua Paulo Gorski, entre a Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza e a BR-277. O trecho representa um gargalo para a região, com congestionamentos constantes, e será vistoriado pela Secretaria Municipal de Trânsito (Setran), para verificar o fluxo e se necessário poderá aumentar o tempo dos semáforos, conforme informou a prefeitura.
Além disso, os moradores cobram a instalação de academia ao ar livre no cruzamento da Rua Paulo Gorski com a Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza. A Câmara Municipal já liberou R$ 40 mil para construção do equipamento.