Membros do Clube de Mães do bairro Mercês já coletaram 1.500 assinaturas em um abaixo-assinado com três reivindicações à Prefeitura. Eles querem que a Rua Jacarezinho seja mão única e pedem uma escola municipal e um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI).
O grupo já vinha coletando assinaturas nas casas do bairro e durante a semana passada se reuniu na esquina das ruas Jacarezinho e Manoel Ribas para aumentar a adesão ao abaixo-assinado. De acordo com a presidente do Clube de Mães, Fátima Martins, as reivindicações vêm desde 1998, quando o clube foi fundado, e, desde então, foram feitos diversos requerimentos à administração municipal.
Acidentes e congestionamento
Em relação à Rua Jacarezinho, Fátima relatou que os principais problemas são os frequentes acidentes, o congestionamento e a falta de vagas. “Os comerciantes reclamam que estão perdendo clientes porque não tem onde estacionar. Eles preferem que tenha EstaR”, disse. O motorista de ônibus Celso Queiroz aprovou a ideia e assinou a lista. “Se fosse só um sentido ajudaria bastante, porque aqui para tudo, principalmente em horários de pico”, reclamou.
Educação
Fátima disse que uma parceria que existia entre a prefeitura e o governo estadual foi desfeita e o Colégio Senador Alencar Guimarães deixou de atender alunos da 1ª a 6ª série. “A partir do momento que entrou o governador Beto Richa foi cortado, e nossos alunos têm que ir para o Santo Inácio, no Mossunguê, ou no Vista Alegre”, comentou.
O deslocamento diário, conforme Fátima, ficou muito caro para os pais, que têm gasto extra com transporte ou combustível. Além disso, também alegam que falta um CMEI no bairro para as crianças menores.
O professor Carlos Eduardo Martins dos Santos precisa percorrer 12 quilômetros de carro por dia para levar e buscar os filhos de 3 e 7 anos até o bairro Santo Inácio. “Aqui dizem que é bairro de rico, mas falta o básico”, desabafou.
Projetos
Sobre à Rua Jacarezinho, a prefeitura informou que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc) possui alguns projetos relacionados à via, mas que ainda estão em fase inicial de estudo. Ou seja, segundo a administração municipal, não há uma definição do que será feito e de quando acontecerá.
Em relação à escola e ao CMEi, a Secretaria de Educação explicou que na região não existem espaços públicos disponíveis para a construção das estruturas. Segundo a secretaria, não existe nenhuma criança no bairro na idade escolar que não esteja sendo atendida pelo sistema; e não existe demanda expressiva de atendimento para educação infantil. Os atendimentos de crianças menores de até quatro anos são feitos em unidades próximas ou nos Centros de Educação Infantil (CEIs) conveniados com a prefeitura.