Colisão garantida

Motoristas não respeitam a sinalização e acidentes são frequentes. Foto: Felipe Rosa.

Dois cruzamentos nas Mercês têm sido palco frequente de acidentes: o das ruas Dr. Roberto Barrozo e Cel. João Guilherme Guimarães e o da Júlio Perneta com a Desembargador Vieira Cavalcanti. As colisões são o resultado da soma de excesso de velocidade, desrespeito à preferencial, sinalização insuficiente e falta de visibilidade.

Motoristas não respeitam a sinalização e acidentes são frequentes. Foto: Felipe Rosa.
Motoristas não respeitam a sinalização e acidentes são frequentes. Foto: Felipe Rosa.

No último domingo, a Tribuna reportou um acidente na Dr. Roberto Barrozo com a Cel. João Guilherme Guimarães. Um dos carros vinha pelo Cel João Guilherme Guimarães, estava envolvido em um racha, não respeitou a preferência e provocou a batida. Esse tipo de situação é recorrente no cruzamento, diz a aposentada Ângela Maria Mazzanotto, 59 anos, que mora perto do local.
“De madrugada isso aqui vira pista de corrida”, diz. Agravam o quadro os condutores que não sabem que a Cel. João Guilherme Guimarães virou mão única. ‘Eles vêm correndo pela Dr. Roberto Barrozo, viram à direita e batem”, explica.

Na esquina, há uma placa amarela que indica mudança de sentido, mas, na opinião de Ângela, ela não chama tanta atenção. Outro problema é o excesso de velocidade de quem trafega pela Dr. Roberto Barrozo. “Tinha que botar uma lombada. Os ônibus, inclusive, vêm em alta velocidade”, diz o advogado Rodolfo Martins, 33, que tem escritório na rua. A velocidade máxima permitida na via é 50 km/h, mas é visível que o limite é desrespeitado.

Visibilidade ruim

No cruzamento da Júlio Perneta com a Desembargador Vieira Cavalcanti, tem acidente todo mês, conta o aposentado José Wilson de Lucena, 82. “Já teve até capotamento. Da última vez, o carro entrou no muro de uma casa e invadiu o terreno”, relata. Na Júlio Perneta, o limite de velocidade é 30 km/h, mas os motoristas metem o pé no acelerador.

“Eles vêm embalados, pegam essa descida e passam correndo”, diz o aposentado, que aponta o declive da rua. Segundo ele, quem vem pela Desembargador Vieira Cavalcanti tem a visibilidade atrapalhada por árvores plantadas ao longo da Júlio Perneta. Ao pararem no cruzamento, os condutores têm de avançar bastante para conseguir visualizar e fazer a travessia com segurança.

Vizinhança reclama da alta velocidade e falta de visibilidade. Foto: Felipe Rosa.
Vizinhança reclama da alta velocidade e falta de visibilidade. Foto: Felipe Rosa.

Reforço na sinalização

A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) informa que irá reforçar a sinalização nos cruzamentos indicados, incluindo a colocação de calotas na região de ‘Pare‘ das ruas Cel. João Guilherme e Desembargador Vieira Cavalcanti. “Não há programação de lombadas para esses locais: a Rua Dr. Roberto Barrozo já possui três antes do cruzamento citado; na Júlio Perneta, uma lombada dificultaria para o transporte coletivo”. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), equipes técnicas foram até a Júlio Perneta e concluíram que há apenas uma árvore no local, um alfaneiro, que não interfere no trânsito.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna