O mato para lá de alto em um jardim que liga a Rua Ilha de Granada à Praça General João Gualberto de Sá, no bairro Jardim Social, está afastando qualquer pessoa que tente passar pelo caminho. O matagal que se formou próximo ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da regional Boa Vista também se repete em mais outras quatro regionais de Curitiba.
Desde o final do ano passado, as regionais da Matriz, Boa Vista, Pinheirinho, Cajuru e Bairro Novo estão com o serviço de roçadas atrasado, em função da homologação dos contratos, que apenas tiveram o crivo final no último dia 23 de janeiro. Quem passa pelos caminhos em que o mato já ultrapassa os dois metros de altura reclama do risco.
“Percebo que tem várias pessoas que preferem dar a volta na quadra a ter que cruzar por esse mato todo”, diz o adestrador de cães Carlos Maciel. Na companhia de uma cadela da raça rottweiler, Maciel, que sempre utiliza os gramados do Jardim Social para passear com os cachorros de seus clientes, caminha pelo matagal sem preocupações. “Eu fico tranquilo pra passar aqui a qualquer hora, mas não é todo mundo que tem uma amiga que nem essa”, brinca.
Para o adestrador, a situação provocada pelo mato alto facilita a ação de bandidos. “Com certeza quem passa por aqui corre um risco. Mesmo de dia, não dá para enxergar se tem alguém por perto. É só mato”, afirma Maciel. Para ele, outro ponto que atrapalha é o calor. “Com esse clima quente, passar debaixo desse matagal é mais complicado ainda”, diz.
Serviço atrasado
De acordo com a prefeitura, a manutenção atrasada nessas cinco regionais ocorreu em função da demora do processo de contratação das empresas que prestam o serviço. Segundo a Secretária Municipal do Meio Ambiente (SMMA), além da atuação das cinco empresas que venceram a licitação pelo período de um ano, está sendo feito um mutirão chamado “Operação Praças”, para acabar com o problema do mato alto.
“Em sete dias de atividade roçamos 6 milhões de metros quadrados, o que significa 48% do total a ser mantido na cidade”, informou o secretário Renato Lima. Segundo ele, a dificuldade em manter o serviço em dia cresce “devido às altas temperaturas, que faz com que a vegetação cresça rapidamente, o que exige um esforço maior na manutenção”.