Passageiros e cobradores do transporte público de Curitiba que utilizam a estação-tubo Osternack estão reféns dos assaltantes. Localizado próximo à rotatória entre o cruzamento das ruas Eduardo Pinto da Rocha e Guaçui, no Ganchinho, o ponto recebe a visita dos bandidos ao menos uma vez por semana. O tubo funciona como ponto final da linha do ligeirinho Bairro Novo e é utilizado por muitos moradores dos conjuntos habitacionais do Ganchinho.
A região já sofre com constantes assaltos aos comércios e residências. Mesmo com uma Unidade Paraná Seguro (UPS) localizada a metros da estação-tubo, os assaltantes não se intimidam e agem a qualquer hora do dia. “Estou apenas há cinco meses no emprego e já sofri quatro assaltos. Eles sempre aparecem armados e são muito rápidos. Isso ocorre em qualquer horário”, conta um cobrador que não quer ser identificado.
O alvo dos assaltantes é a caixa que guarda os valores das passagens. “Eles apenas querem o dinheiro e já vão embora. Ainda não vi nenhum assaltante abordando passageiros. Mas quem percebe o assalto fica com medo. Eu mesmo, se pudesse, trocaria de estação”, afirma. Segundo moradores, apenas um policial fica à disposição da comunidade. Porém, eles lembram que já foram informados pela Polícia Militar (PM) de que não seria possível realizar atendimentos pela falta de viaturas.
Atuação reforçada
De acordo com a PM, apesar do alto número de assaltos, a região mantém a média de ocorrências. “Só no bairro Sítio Cercado existem cerca de 120 mil habitantes, o que justificaria um batalhão próprio. Mas temos reforçado nossa atuação em ocorrências relativas ao transporte público, interceptando ônibus e realizando abordagens com a operação Ponto Final. Com essa ação já prendemos 11 criminosos com simulacros de arma de fogo que seriam utilizadas para eventuais assaltos. Apesar do alto número de ocorrências, estamos agindo e observamos que o índice de crimes nos últimos meses não cresceu”, defende o coronel Carlos Eduardo Assunção, comandante do 13º Batalhão da PM.