Falta a rotatória

Tráfego pesado de ônibus e caminhões deixa o trânsito ainda mais complicado.

O entroncamento da Estrada do Ganchinho com a Rua Antônio Augusto de Brito, no Umbará, virou sinônimo de risco constante para motoristas e pedestres, além de exigir muita paciência em função da demora na travessia, que gera filas intermináveis nos horários de pico. Motivo de várias reportagens da Tribuna, o local recebeu um semáforo, mas quem mora ou passa por lá ainda sente a falta de uma rotatória.

Local é perigoso para motoristas e pedestres e tem filas intermináveis nos horários de pico. Fotos: Gerson Klaina
Local é perigoso para motoristas e pedestres e tem filas intermináveis nos horários de pico. Fotos: Gerson Klaina

Há cinco anos, a comerciante Silvana Terezinha da Rosa, 44 anos, acompanha o drama diário da comunidade do entorno, já que seu estabelecimento fica na Antônio Augusto de Brito. “Com o semáforo pararam de morrer tantas pessoas, mas o barulho de freada e batidas são constantes, assim como a fila”.

Marcelo: “Somos ignorados”.
Marcelo: “Somos ignorados”.

Segundo ela, o congestionamento no final da tarde faz com que os carros gastem mais de meia hora para passarem pelo trecho de menos de um quilômetro entre a ponte (na divisa com o Jardim Futurama) e o viaduto (na altura da Rua Helena Grodzki). “Passam muitos caminhões pesados e, na curva, muitos travam ou quebram. Algo que com a rotatória seria evitado”, aponta. Para piorar, na Rua Helena Grodzki, há duas placas de sinalização derrubadas.

O comerciante Marcelo de Paula Batista, 36 anos, diz que a comunidade já perdeu a conta do número de solicitações pela rotatória. “Todo mundo sabe que é necessário, mas somos ignorados mesmo colecionando acidentes e transtornos com esse trânsito”.

Tráfego pesado de ônibus e caminhões deixa o trânsito ainda mais complicado.
Tráfego pesado de ônibus e caminhões deixa o trânsito ainda mais complicado.

Projeto existe

A Secretaria Municipal de Trânsito explica que a implantação do semáforo atendeu a um pedido da comunidade. A Autopista Litoral Sul esclarece que o cruzamento possui tráfego local urbano e não tem ligação com a BR-116. Como a área possui interferência sobre a faixa de domínio da União, a concessionária explica que, a exemplo do que foi feito em relação à implantação dos semáforos, a prefeitura deve apresentar o projeto de melhoria desse sistema viário à Autopista Litoral Sul, que irá analisá-lo e submetê-lo à aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Silvana: “Batidas constantes”.
Silvana: “Batidas constantes”.

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) informa que existe o projeto para implantar a rotatória, mas sua viabilidade está em discussão. A prefeitura avalia incluir a obra como exigência para implantação de um empreendimento comercial na região. Além disso, será necessária a elaboração de um projeto executivo e todo trâmite de vistoria e aprovação por secretarias municipais e pela União, através da ANTT.

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