Moradores da Fazendinha que tiverem uma emergência médica não poderão contar com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do bairro, já que ela está fechada para reforma desde 16 de novembro. A professora estagiária Andressa Pereira Hartmann, 25 anos, se incomodou com as portas fechadas. Grávida de seis meses, ela tem uma filha de 5 anos que necessita de atendimento quanto tem crises de alergia.
“Antes, eu vinha a pé. Agora, quando minha filha precisar, vou ter que pegar ônibus até outra UPA. Espero que pelo menos melhore o atendimento, que é demorado. Geralmente leva de duas a três horas para sermos chamadas”, diz. O empresário Alisson Ambrósio, 25, tem a mesma opinião. “É demorado. Teve uma vez que passei mal e foi uma hora de espera. Para quem está com dor, uma hora é muita coisa”, relata.
Para o vereador José Carlos Chicarelli (PSDC), não haveria necessidade de reforma. Ele recebeu relatos de falta de médicos e enfermeiros e lembrou que a UPA está com suas equipes fragilizadas e hostilizadas pelos usuários. A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) afirmou que conta com o suporte de uma equipe de engenharia que avalia a necessidade ou não de melhorias em todas as unidades e equipamentos da pasta.
Melhorias em três meses
“A necessidade de reforma foi constatada após debates realizados entre a gestão, a equipe de trabalhadores e usuários da subcomissão de acompanhamento da UPA Fazendinha, com o objetivo de melhorar a segurança interna e o fluxo de atendimento aos pacientes. A SMS promove capacitações periódicas para garantir a qualidade do atendimento aos usuários”, alega a pasta.
Serão feitas mudanças na recepção, nas salas de atendimento e observação dos pacientes e no posto da Guarda Municipal, troca das telhas translúcidas e pinturas interna e externa, entre outros reparos. O investimento é de aproximadamente R$ 300 mil e o prazo para conclusão da obra é de 90 dias, de acordo com a SMS.