O sobe e desce da Rua Jorge Felipe Daher Filho, no Fazendinha, mais parece uma colcha de retalhos, com direito a tropeços para os pedestres e surpresas desagradáveis para motoristas, ciclistas e motociclistas, que sempre cruzam com um buraco. A falta de uma obra mais efetiva para o asfalto antigo é a principal queixa de quem vive na região. Mas até a solução provisória de tapa-buracos é contestada, devido à pouca durabilidade do remendo.
O motociclista e segurança Luiz Carlos da Costa, 47 anos, conta que precisa cruzar pelo menos uma vez por semana a rua, mas nunca viu uma obra de melhoria mais duradoura. ‘Não fazem o recapeamento e o tapa-buracos é feito de qualquer jeito, pois se fossem cuidadosos não deixariam a sujeira antes de jogar o piche‘, explica. Ele conta que trabalhou três anos com colocação de asfalto e viu que a falta de limpeza prévia reduz a durabilidade do reparo. ‘É uma vergonha, já que não fazem o recapeamento e o tapa-buracos é mal feito, o resultado é que qualquer chuvinha leva todo o material, e mais dinheiro público é desperdiçado‘, avalia.
A estudante Giselle Caroline Fidelis, 19 anos, que nasceu e cresceu em uma das residências da Rua Jorge Felipe Daher Filho, diz que o tempo de vida dela é o mesmo que seus familiares esperam por um novo asfalto. ‘É o meu caminho diário e nunca vi o asfalto lisinho‘, comenta.
A Secretaria de Governo explica que as empresas contratadas pela prefeitura para execução dos serviços de tapa-buraco devem seguir diversas normas técnicas, entre elas a de limpar o local da operação, removendo e transportando os resíduos para um destino adequado. A pasta fará verificação no local para ver se o procedimento foi realizado de forma adequada, seguindo os padrões. Mas não há previsão de recapeamento da via. Como a rua não foi incluída na Lei Orçamentária Anual 2015 para revitalização, a Secretaria de Obras Públicas informou que estão previstos apenas trabalhos de manutenção.