Aumentar as boas práticas no trânsito. Este será o principal objetivo da Escola Pública do Trânsito, que passará a dar nova vida ao espaço que atualmente é ocupado pelo museu da Casa Klemtz, dentro do Bosque do Fazendinha. A escola dividirá espaço com o Liceu de Ofícios, que oferece cursos profissionalizantes e encaminha alunos ao mercado de trabalho. A novidade será cursos com noções do trânsito para jovens.
A Casa Klemtz contava um pouco da história do bairro por objetos da família que iniciou a ocupação da região, no início do século passado. Há anos sofria com constantes depredações de vândalos, como já mostramos na Tribuna Regional Portão. Além das pichações que já dominaram todas as edificações no local, o parque passou a servir de ponto para uso de drogas e de encontros íntimos.
Segundo a secretária municipal de trânsito, Luiza Simonelli, o projeto deve se atender a criar um espaço para promover a educação no trânsito e reocupar a estrutura já existente. “Há algum tempo este espaço estava ocioso e todas tentativas de reformar as casas, ou até intensificar as rondas da Guarda Municipal, não surtiram o efeito esperado. A criação da escola atenderá uma demanda cada vez mais crescente da cidade, em relação à promoção da educação no trânsito, e deve coibir a ação de vândalos”, explica.
Desde pequenos
A previsão é que o circuito para as crianças se familiarizarem com o funcionamento do trânsito funcione a partir de agosto. Pela parceria entre prefeitura, Renault e Itaipu, estudantes da rede pública contarão com pista simulando situações reais de tráfego. “Hoje, a questão do trânsito em cidades grandes deve ser tratada através do conceito do compartilhamento.
Não temos mais condições de ampliar vias e é preciso que desde cedo o cidadão trabalhe com esta noção”, afirma Luiza Simonelli.
Prevenção de acidentes
A motocicleta é um dos veículos que mais se envolve em acidentes, em muitos casos fatais. Esta realidade é fácil de perceber, observando o valor pago pelo seguro obrigatório de motos, que pode superar os carros em até três vezes, porque esta taxa é calculada pelo índice de indenizações referentes a acidentes envolvendo este veículo.
Pesquisa
A partir de uma pesquisa, a prefeitura constatou que a maioria dos motociclistas que se envolvem em acidentes, ao contrário do que se pensava, não são necessariamente “motoboys”, e sim pilotos que apenas se deslocam para o trabalho sobre as duas rodas.
“Queremos firmar parcerias com as empresas para realizar cursos com funcionários e ampliar o alcance da escola”, explica Luiza. “Tanto para empresa, que tem interesse em evitar perdas súbitas de funcionários, quanto o próprio trabalhador, poderiam aproveitar cursos desenvolvidos especificamente para este público”, completa a secretária.