Moradores e motoristas que trafegam diariamente pela BR-116 no trecho entre Fazenda Rio Grande e Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, comemoram a liberação do trecho duplicado – no último dia 30 de abril – e o fechamento de um retorno na Rua Pernambuco, na altura do Km 129,6, no sentido Mandirituba, ponto onde os acidentes eram constantes.

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O empresário Fernando Biolchi, de 33 anos, tem um comércio em Fazenda Rio Grande, exatamente onde existia o retorno improvisado e diz que, com as modificações, a situação ficou mais segura para todos. “Agora que fecharam esse acesso ficou muito melhor. Antes eram muitos acidentes, todos os dias. Cruzar a rodovia era perigoso, às vezes o pessoal demorava mais de 10 minutos para passar para a pista contrária, sendo que para ir até o retorno, que fica a uns 2,5 quilômetros de distância, não leva nem dois minutos”, conta.

Concorda com ele o empresário Nilton Rocha, 54, que costuma frequentar o bairro Estados, em Fazenda Rio Grande. “Muitos acidentes aconteciam aqui, mas com as mudanças e o retorno adiante, eles devem deixar de existir. Antes o risco era grande, principalmente com a pista simples. E por volta das 17h30, o fluxo era tão intenso que era praticamente impossível sair ou entrar no bairro. Agora o pessoal anda um pouco mais, mas segue com segurança”, relata.

Sem agradar a todos

Fernando: “Antes era muito acidentes, todos os dias” Foto: Felipe Rosa

Mesmo com o visível aumento na segurança do trânsito da região, muita gente ainda reclama das alterações, que teriam aumentado o trajeto diário de quem deseja acessar ou deixar o bairro. Alegações que, segundo o motorista carreteiro Eleomir Borges, 43, são um contrassenso. “Fechar esse acesso foi uma bênção. Ele era muito perigoso. Com o retorno perto, não há desculpas e nem justificativa para as reclamações. Em São Paulo é muito pior, se você errar tem que andar muito. Aqui são só uns dois quilômetros. O pessoal é meio preguiçoso. Acho que é muito melhor perder um minuto na vida do que a vida em um minuto”, aponta Eleomir.

Pedestres em risco

Eleomir: “Fechar esse acesso foi uma bênção”
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Para quem segue a pé, a nova passarela é a melhor opção. Mas, segundo os moradores do bairro, nem todos utilizam. “Para atravessar, a passarela é muito mais segura. Eu e meu cunhado, que mora ao lado da passarela,  ficamos observando estes dias: para cruzar de um lado para o outro as pessoas levam apenas uns três minutos. É bem rápido, mas muita gente ainda atravessa pela BR” conta o marceneiro Arisole Freire da Silva, 55, que mora do outro lado da rodovia, no bairro Gralha Azul, em Fazenda Rio Grande.

Comportamento arriscado por parte dos pedestres que pode estar com os dias contados, já que grades de proteção devem ser instaladas no local, impedindo a travessia pela rodovia.

Obras

A concessionária chega a 22 quilômetros de pistas duplicadas entregues, contemplado Curitiba, Fazenda Rio Grande e Mandirituba. Foto: Felipe Rosa
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Segundo a concessionária Autopista Planalto Sul, que administra a rodovia, a saída da rua Pernambuco, no Km 129,6, era um local constante de retornos indevidos, que foi eliminado da rodovia. Assim, os motoristas agora precisam seguir até o Km 131,8 no viaduto do bairro Veneza, para o retorno sentido Curitiba. O mesmo acontece no Km 131, 1, saída próxima ao aterro sanitário, cuja opção de retorno é pelo Veneza.

Estas intervenções fazem parte das obras de duplicação da BR-116, no trecho que vai do Km 124,6 ao Km 133,1, totalizando 9,1 quilômetros. Segundo a Autopista, com a entrega desse trecho, a concessionária chega a 22 quilômetros de pistas duplicadas entregues, contemplado Curitiba, Fazenda Rio Grande e Mandirituba. Nesta fase da duplicação, que incluiu a construção de uma ponte sobre o Rio Mascate e execução do trevo em desnível do Km 131,8 (acesso ao bairro Veneza), o investimento foi de R$ 70 milhões.

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