Minoria entre os 5.683 taxistas de Curitiba, as mulheres taxistas apostaram na união para fazer a diferença no trabalho. Há pouco mais de 20 dias, elas criaram no Whatsapp o grupo “Lady Táxi”, que já reúne quase 40 das 469 profissionais da categoria.
A ideia surgiu por acaso, quando Margarete do Carmo de Lara, 49 anos e taxista há oito meses, comentou sobre a possibilidade de reunir as colegas em um único canal. “São poucas mulheres e muitos homens trabalhando nos táxis aqui. Foi então que pensei: somos tão poucas, se ficássemos mais unidas ajudaria muito”, lembra Marga, como é chamada.
Lizete Vieira de Camargo, 32, há quatro no ramo, criou o grupo e começou a adicionar as motoristas. “Uma conhece a outra e passa o telefone junto com o número do táxi que fica na porta do carro, pra ter certeza de que são taxistas”, explica. Desde então, o fluxo de conversas é constante e aborda tudo o que pode melhorar a rotina de trabalho delas. São informações sobre preço do combustível, locais com maior fluxo de passageiros e até indicação de banheiros em boas condições de uso.
Segurança
Luciana Ferreira de Vasconselos, 44, que voltou à profissão de taxista no começo de 2015, após alguns anos fora da cidade, foi uma das primeiras a ingressar no grupo. Ela garante que todas são muito bem tratadas pelos colegas homens, mas reconhece que a união feminina trouxe mais segurança à rotina. “Estamos nos fortalecendo, assim sabemos que temos onde nos apoiar. A união é muito grande e somos muito dedicadas”, comenta. “Sabemos que não estamos sozinhas, que podemos contar umas com as outras e criamos um vínculo”, reforça Marga.
Laços reais
Amigas virtuais, as taxistas irão se encontrar pessoalmente hoje à noite, em um jantar de confraternização. Além disso, é possível identificá-las nas ruas. Elas conseguiram uma autorização da Urbs para colocar um laço rosa em seus carros, em adesão à campanha Outubro Rosa.